2 de set. de 2015

Energia eólica revolucionada: geradores sem hélices

Os imensos cata-ventos usados para gerar energia, podem, em breve, ser coisa do passado. A Vortex Bladeless, empresa espanhola na origem, mas de coração cosmopolita, desenhou um sistema de geração de energia a partir da movimentação do ar que é totalmente revolucionário. 

A vorticidade, um fenômeno visto como causador de problemas para engenheiros e arquitetos, pois pode desestabilizar construções, tornou-se a solução aproveitada pelos castelhanos criativos. Eles criaram uma estrutura vertical em forma de cone que permitem a circulação dos vórtices de forma sincrônica.
Ao invés de absorver a energia que movimenta as hélices para gerar energia elétrica, os engenheiros aproveitaram o fenômeno aerodinâmico da vorticidade. “Nessa teoria, o vento que flui ao redor de um objeto produz pequenos vórtices, suficientes para uma estrutura fixa oscilar e entrar em ressonância com a corrente de ar.”, informa o BlogAEC de onde retirei as informações.
Os dois modelos criados foram batizados como Vortex Mini (uso doméstico) e Vortex Gran (uso industrial). A garantia é de que sejam eficientes, sustentáveis e econômicos quando fabricados.
O equipamento é feito com materiais leves e resistentes – usa fibra de carbono e de vidro –, assim, as agitações são maximizadas e, consequentemente, gera-se mais energia. Na base das turbinas, dois ímãs funcionam como motores, e à medida que as oscilações ocorrem, eles se repelem e movem o mastro de um lado para o outro, o que intensifica o movimento. A energia cinética é convertida em energia elétrica por um alternador, que também multiplica a frequência de vibração do objeto.


Vantagens
“As vantagens do Vortex Mini e do Vortex Gran são diversas. Segundo a empresa Vortex Bladeless, o fato de não possuírem componentes mecânicos barateia a fabricação em pelo menos 51%, em comparação aos modelos convencionais. Com isso, minimiza-se em até 40% a pegada de carbono (a quantidade de gás gerada na produção). Além disso, a ausência de engrenagens, parafusos e partes móveis, que são facilmente desgastadas, reduz em 80% os custos com a manutenção.”, acrescenta o BlogAEC.
Mesmo com uma absorção 30% menor de vento que os equipamentos de pás, a compensação vem pela possibilidade da instalação de um mais geradores em um mesmo espaço, pois podem ser instaladas próximas uma das outras. Representam risco inferior aos pássaros e são silenciosas, o que representa um ganho enorme para a manutenção da biodiversidade. 

 A fase de testes já obteve um financiamento de um milhão de dólares vindos de investimentos públicos e privados espanhóis. Até o final de 2015, a Vortex pretende colocar as usinas à venda no mercado.

Texto publicado originalmente em: Revista Ecológica  


0 comentários:

Postar um comentário