Os imensos cata-ventos usados para gerar energia,
podem, em breve, ser coisa do passado. A Vortex Bladeless, empresa espanhola na
origem, mas de coração cosmopolita, desenhou um sistema de geração de energia a
partir da movimentação do ar que é totalmente revolucionário.
A vorticidade, um fenômeno visto como causador de
problemas para engenheiros e arquitetos, pois pode desestabilizar construções,
tornou-se a solução aproveitada pelos castelhanos criativos. Eles criaram uma
estrutura vertical em forma de cone que permitem a circulação dos vórtices de
forma sincrônica.
Ao invés de absorver a energia
que movimenta as hélices para gerar energia elétrica, os engenheiros
aproveitaram o fenômeno aerodinâmico da vorticidade. “Nessa teoria, o vento que
flui ao redor de um objeto produz pequenos vórtices, suficientes para uma
estrutura fixa oscilar e entrar em ressonância com a corrente de ar.”, informa
o BlogAEC de onde
retirei as informações.
Os dois modelos criados foram batizados como Vortex
Mini (uso doméstico) e Vortex Gran (uso industrial). A garantia é de que sejam
eficientes, sustentáveis e econômicos quando fabricados.
O equipamento é feito com
materiais leves e resistentes – usa fibra de carbono e de vidro –,
assim, as agitações são maximizadas e, consequentemente, gera-se mais energia.
Na base das turbinas, dois ímãs funcionam como motores, e à medida que as
oscilações ocorrem, eles se repelem e movem o mastro de um lado para o outro, o
que intensifica o movimento. A energia cinética é convertida em energia
elétrica por um alternador, que também multiplica a frequência de
vibração do objeto.
Vantagens
“As vantagens do Vortex Mini e do
Vortex Gran são diversas. Segundo a empresa Vortex Bladeless, o fato de não
possuírem componentes mecânicos barateia a fabricação em pelo menos 51%, em
comparação aos modelos convencionais. Com isso, minimiza-se em até 40% a pegada
de carbono (a quantidade de gás gerada na produção). Além disso, a ausência de
engrenagens, parafusos e partes móveis, que são facilmente desgastadas, reduz
em 80% os custos com a manutenção.”, acrescenta o BlogAEC.
Mesmo com uma absorção 30% menor
de vento que os equipamentos de pás, a compensação vem pela possibilidade da
instalação de um mais geradores em um mesmo espaço, pois podem ser instaladas
próximas uma das outras. Representam risco inferior aos pássaros e são
silenciosas, o que representa um ganho enorme para a manutenção da
biodiversidade.
A fase de testes já obteve um financiamento de um
milhão de dólares vindos de investimentos públicos e privados espanhóis. Até o
final de 2015, a Vortex pretende colocar as usinas à venda no mercado.
Texto publicado originalmente em: Revista Ecológica
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