24 de mar. de 2014

A HISTÓRIA DA POLUIÇÃO EM CUBATÃO E COMO A CIDADE DEIXOU DE SER O "VALE DA MORTE"

O crescimento industrial desgovernado fez de Cubatão a cidade mais poluída do mundo, mas com planejamento a cidade tornou-se exemplo ambiental




Cubatão

Cubatão. Foto: cubatao.sp.gov
Localizado a 40 Km da capital do estado de São Paulo, o município de Cubatão, que atualmente é visto como exemplo de planejamento e consciência socioambiental, já teve grandes problemas relacionados a poluição do meio ambiente.
Durante o início da década de 80 a cidade era mundialmente conhecida como “Vale da Morte”, sendo apontada pela ONU como o município mais poluído do mundo. O boom industrial que fez de Cubatão um dos polos industriais mais ricos do país, pagou um alto preço por não se preocupar e nem se resguardar quanto aos danos causados por toneladas de poluentes lançados no meio ambiente.

História

Durante o governo de Juscelino Kubitschek, década de 50, deu-se início a um processo acelerado de industrialização do Brasil e Cubatão, até então, era um paraíso verde. Cercada pela Mata Atlântica, a cidade era rica em recursos naturais e estava estrategicamente localizada: a apenas 40 km de São Paulo, maior berço econômico do país; e do Porto de Santos, o maior porto da América Latina, e por onde entram e saem grandes quantidades de mercadorias. Ou seja, um local perfeito para dar início ao grandioso centro industrial paulista.
Na década de 1960, Cubatão contava com 18 grandes indústrias, sendo uma refinaria, uma siderúrgica, sete de fertilizantes e nove de produtos químicos. A construção delas aconteceu de forma indevida e invasiva ao meio ambiente. Em 15 anos cerca de 60 Km² de Mata Atlântica havia sofrido a degradação, formando uma clareira que podia ser vista por quem descesse a Serra do Mar.
Contudo, os governantes da cidade, assim como os empresários, não se preocupavam em reverter a situação, uma vez que a poluição de Cubatão rendia bilhões ao ano, levando a cidade a ser uma das cinco maiores arrecadadoras de impostos do estado, cerca de 76 bilhões de cruzeiros. O município representava 2% de toda a exportação do país.

Vale da Morte

Cubatão
Morador de Cubatão observando a poluição em 1980. Foto: valor
O intenso volume que as indústrias trabalhavam, eliminando quantidades enormes de poluentes no ar e nos rios de forma descontrolada, começou a ter consequências catastróficas visíveis e preocupantes. Vale lembrar que a industrialização aconteceu antes da Lei de Controle de Poluição do Estado de São Paulo entrar em vigor (1976).
O ar de Cubatão no início dos anos 80 era denso, possuía cheiro e cor. Segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo), 30 mil toneladas de poluentes eram lançadas por mês no ar da cidade, peixes e pássaros sumiram da poluição de Cubatão, pois não havia condições naturais para sobreviverem e nem para se reproduzirem, mas o estado só começou a intervir quando os danos à saúde da população começaram a demonstrar números alarmantes.
Entre outubro de 1981 e abril de 1982, cerca 1.800 crianças nasceram na cidade, destas, 37 já nasceram mortas, outras apresentavam graves problemas neurológicos e anencefalia. Cubatão era líder em casos de problemas respiratórios no país.
A ONU alarmou o mundo sobre os problemas e consequências causados pela poluição do polo industrial, usando a cidade como exemplo a não ser seguido.

Recomeço

O governo do estado convocou a CETESB para que fizesse um mapeamento e estudo das causas da poluição na cidade litorânea, com isso, a partir de 1983 foi implantado um plano de recuperação ambiental. Governantes, industriais e população passaram a trabalhar em conjunto pela recuperação da saúde local. Em 1989 as 320 fontes poluentes que existiam na época já estavam controladas.
O plano de controle ambiental foi feito com medições constantes das emissões de poluentes no ar e do controle da despoluição dos rios, causados pelo despejo de substâncias tóxicas indevidas em grande escala, gerenciamento por conta do estado e investimento em maquinário moderno por conta das indústrias. Metas a serem seguidas e um planejamento rigoroso foram essenciais para que a situação fosse controlada, segundo arquivo da secretaria do meio ambiente do estado de São Paulo. Além do controle das emissões de poluentes, também foram feitos planos de recuperação da Mata Atlântica com o replantio da vegetação nativa.
Guará-vermelho
Guarás-vermelhos em mangue de Cubatão.
Foto: Divulgação/Prefeitura de Cubatão
A volta do guará-vermelho, pássaro típico da região, foi o marco de que a qualidade de vida voltava à cidade. Em 1992, durante a Eco 92, Cubatão foi apontada pela ONU como Símbolo de Recuperação Ambiental, tendo 98% do nível de poluentes controlados, e passou a ser exemplo em todo o mundo como a cidade que renasceu das sombras da poluição.
A cidade, no final dos anos 80, utilizou da Agenda 21 para recuperar a qualidade de vida socioambiental perdida com a poluição causada pelo polo industrial. A Agenda 21 é um método de planejamento que tem por objetivo construir sociedades sustentáveis, nela é possível mesclar a proteção ambiental, a justiça social e eficiência econômica. Por essa razão, mesmo hoje, livre da poluição, Cubatão consegue manter uma linha de produção acentuada e que gera milhões de reais todos os anos. Em 2011 Cubatão apresentou 100% de controle de poluentes.

Fonte: Pensamento Verde

SAIBA COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS

Como reaproveitar e dar destino final correto para os quase 70 milhões de pneus fabricados anualmente no Brasil?


Foto: motonline
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (estabelecida pela lei 12.305 de 2/08/2010), a logística reversa pode ser definida como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
Ou seja, a logística reversa faz com que a indústria que produz o material consiga recolhe-lo e reutiliza-lo dentro do seu ciclo produtivo.
Quando falamos de pneus, somente no Brasil são fabricados anualmente cerca de 70 milhões de unidades. Pela resolução do CONAMA nº 258/99, os fabricantes e importadores de pneus devem coletar e dar destinação final aos pneus. Além disso, os distribuidores, revendedores, reformadores e consumidores finais são corresponsáveis pela coleta dos pneus usados. Sendo assim, as oficinas que fazem a venda de pneus devem recolher os pneus que os consumidores estiverem trocando.
Os pneus são um dos principais produtos a serem inseridos no sistema de logística inversa para o CONAMA, pois são grandes poluidores do meio ambiente quando descartados em rios e terrenos.
No processo de descarte os pneus são enviados para os postos de coleta específicos onde serão retirados pelo fabricante. Após serem recolhidos pelos fabricantes, podem ser levados até as empresas de trituração e picotagem cadastradas. Os fragmentos de pneu são reutilizados como combustível alternativo nas indústrias de cimento, matéria-prima na confecção de pisos, blocos e guias em substituição à brita, confecção de solados de calçados, borracha para vedação, peças de reposição para indústria automobilística, entre outras maneiras.
Pneu
Foto: tutness




No segmento de recapagem, as empresas reformam pneus e destinam corretamente o pó de borracha, um dos principais resíduos do processo de reforma. Este pó é utilizado como fonte de energia alternativa e também usado em quadras poliesportivas.
Para cada uma das finalidades acima, o pneu sofre um processo diferente de reaproveitamento, além da possibilidade de reutilização em novos pneus, chamados recauchutados.


Fonte: Pensamento Verde

18 de mar. de 2014

AGROTÓXICOS: UM PERIGO À LONGO PRAZO

O princípio de uma alimentação orgânica está diretamente relacionado ao desenvolvimento sustentável e a uma vida mais saudável. Anualmente são realizados diversos estudos baseados na quantidade de contaminação ocasionada em virtude de uma alimentação baseada em alimentos provenientes de fontes que no momento de sua produção ocorreu a utilização de insumos químicos.
A ação das substâncias químicas no organismo humano pode ser lenta e demorar anos para se manifestar, além de malefícios causados à saúde dos consumidores que frequentemente fazem uso destes alimentos, a degradação causada no solo é bastante significativa, lembrando que uma vez este solo contaminado, lençóis freáticos e rios podem ser atingidos gerando desequilíbrios biológicos e ecológicos em virtude de tamanha agressão ao meio ambiente.
Segundo pesquisas realizadas pela Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS, em 12 países da América Latina e Caribe, o envenenamento por produtos químicos, principalmente pelo chumbo e pelos pesticidas, representa 15% de todas as doenças profissionais notificadas. Além dos prejuízos causados aos consumidores destes produtos, profissionais agrícolas manejam diariamente substâncias tóxicas durante o plantio dos alimentos, gerando um risco maior de contaminação nestes profissionais.
De acordo com a OPAS, a intoxicação por agrotóxicos ocorre através de três vertentes:
 Aguda: Os sintomas são percebidos a partir do contato imediato com estes produtos químicos, algumas horas após a exposição.
 Subaguda: Após uma exposição moderada os sintomas são percebidos de maneira subjetiva e de aparecimento mais lento, como uma dor de cabeça fraqueza ou sonolência.
 Crônica: Este tipo de intoxicação esta relacionada após meses ou anos de exposição aos produtos tóxicos, causando assim danos irreversíveis à saúde.
Os tipos de intoxicação citados acima são adquiridos através dos produtos em direto contato com a pessoa exposta. Segundo o engenheiro agrônomo, especialista em Agricultura Biodinâmica e Agricultura Orgânica Adib Francisco Pereira, seu artigo publicado no jornal Diário da Manhã, é papel de todos fomentarem discussões sobre este assunto com a finalidade de um maior conhecimento da população:  “Temos que divulgar mais os impactos, criar mais pesquisas e uma agenda de debates, cursos, palestras que possam esclarecer de forma clara os efeitos prejudiciais dos venenos e da indústria da doença e mostrar outras formas de produzir alimentos adequados e saudáveis.” afirma Adib Francisco.
Após conhecermos mais sobre os efeitos causados pelos agrotóxicos, seguem abaixo alguns motivos para uma maior conscientização do consumo de alimentos orgânicos:

  1. Proteger as futuras gerações;
  2. Prevenir a erosão do solo;
  3. Proteger a qualidade da água;
  4. Melhorar a saúde dos agricultores;
  5. Aumentar a renda dos pequenos agricultores (agricultura familiar, comércio justo);
  6. Prevenir gastos futuros;
  7. Promover a biodiversidade;
  8. Descobrir sabores naturais;
  9. Ajuda a preservar pequenas propriedades;
  10. Apoiar os pequenos agricultores.



12 de mar. de 2014

FOTÓGRAFO RETRATA "OLHAR TRISTE" DE ANIMAIS QUE VIVEM EM CATIVEIRO

Fonte: G1.globo.com
O fotógrafo Oscar Ciutat, morador de Barcelona, na Espanha, desenvolve um projeto desde 2008 que tem objetivo de captar o olhar de animais que vivem aprisionados em cativeiros.

Segundo ele, sua atenção foi atraída ao observar quer os olhos de animais exibidos em zoológicos e outros locais pareciam tristes.

Desde então, tenta comprovar por meio de sua arte se a expressão humana “os olhos são a janela da alma” pode ser verdade também para os animais.Nas imagens, há olhares de elefante, rinoceronte, zebra, girafa, vaca e outros animais. Veja as fotos abaixo:
Olhar de um hipopótamo, flagrado pelo espanhol Oscar Ciutat (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Olhar de um hipopótamo, flagrado pelo espanhol Oscar Ciutat (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
O olhar de uma girafa que vive no zoológico de Barcelona, na Espanha (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)O olhar de uma girafa que vive no zoológico de Barcelona, na Espanha (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
Olhar de uma zebra pela lente do fotógrafo espanhol Oscar Ciutat (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Olhar de uma zebra pela lente do fotógrafo espanhol Oscar Ciutat (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
Olhar de um rinoceronte (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Olhar de um rinoceronte (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
Olhar de uma anta captada pelo fotógrafo espanhol (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Olhar de uma anta captada pelo fotógrafo espanhol (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
Olhar de um camelo foi flagrado por Oscar Ciutat (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Olhar de um camelo foi flagrado por Oscar Ciutat (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
Um clique que mostra o olhar de um bisão (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Um clique que mostra o olhar de um bisão (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
Um uapiti, uma espécie de veado encontrado na Ásia (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)Um uapiti, uma espécie de veado encontrado na Ásia (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
O olhar de uma vaca, que normalmente fica aprisionada em fazendas (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)O olhar de uma vaca, que normalmente fica aprisionada em fazendas (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)
O olhar de um guanaco, um parente próximo da lhama (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)O olhar de um guanaco, um parente próximo da lhama (Foto: Oscar Ciutat/Creative Commons)

7 de mar. de 2014

VIDEO DO CAERDES


O CAERDES é um Centro de excelência em estudos e pesquisas nas áreas de Agroecologia.
Fica localizado dentro das dependências da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS), campus III, Juazeiro. 

Entre em contato conosco através do endereço, telefone ou email:

Endereço: 
Av. Edgard Chastinet Guimarães, s/n.
Bairro São Geraldo
CEP: 48.905-680.
Juazeiro - BA

Contato:

(74) 3611-7363
Ramal: 270

Email:

caerdes@uneb.br
direitoverde@hotmail.com

Vídeo: CAERDES


Elaboração: Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo; Kallinca Almeida Artuso, Saullo André de Souza Leite Melo.


Cinegrafia: Davis Werson Câmara.


Edição de áudio: Emanuelle Leite, Wal Carvalho.


Edição de imagens: Carlos Santana.