24 de jul. de 2015

Recicle o seu lixo orgânico e ajude na sustentabilidade do planeta

Por: Augusto Jackson 

Fazer um adubo orgânico é simples e prático, e faz um grande bem para as hortas e jardins.  Além de ser uma ação sustentável, ajuda na redução dos resíduos que chega todos os dias aos lixões. Segundo uma pesquisa do Instituto de Engenharia Mecânica do Reino Unido (IMechE), quase metade da comida produzida no mundo é jogada fora e boa parte desse desperdício acontece nas casas.

Grande parte de todo o lixo doméstico é formado por resíduos orgânicos, e se cada pessoa que tiver um jardim ou horta em casa, reciclasse o seu lixo orgânico, ajudaria bastante o planeta, que a cada dia está sendo destruído com toneladas de lixo que se lança sobre ele. Assim, cada pessoa contribui para a redução do lixo orgânico que vai para aterros, gerando, posteriormente, gases que contribuem para a poluição da atmosfera.  

COMPOSTAGEM- O material para se fazer um bom adubo orgânico vai depender bastante do que cada pessoa possui em casa. Primeiro passo é obter uma caixa em que se pode montar a composteira.  O estagiário do CAERDES Alexsandro Lucindo,  explica que se deve montar por camadas. Ele reforça que o material a ser usado pode variar de acordo com o que cada pessoa possui em casa.  Pode ser feita com alguns elementos como uma camada de folhagem, depois cascas de frutas, folhagens, restos de comidas, mais folhagens e depois molhar “o tempo para molhar vai depender da quantidade  do material colocado para a compostagem, que pode variar  entre  3 dias”

Alexsandro explica também que se pode fazer composteira, com folhagens, cinzas, esterco, e mais folhagens “é importante que o material esteja bastante triturado ou em pedaços bem pequenos para agilizar a decomposição dos nutrientes” explica. Ele ainda acrescenta que é importante que a água possa escorrer da composteira, pois ela não pode ficar acumulada. No Caerdes, como a demanda de adubo orgânico é grande, a produção é feita no chão mesmo, mas isso não interfere na qualidade do adubo.

De acordo com o estagiário qualquer material que seja orgânico, pode ser usado para que o adubo possa ter mais nutrientes. Durante o período da compostagem, microorganismos irão transformar esse material que se foi depositado ali, em um material bastante espesso, bem parecido com um solo e bastante nutritivo, o composto. Uma composteira pode ser feita em um quintal, jardim e até em pequenos espaços, como uma área de serviço.


“É muito importante fazer esse adubo, pois ajuda na sustentabilidade, e além de estar tirando isso da natureza e depois devolvendo para ela mesmo em forma de adubo. Disse Alexsandro. Ele ainda afirma que alem de econômico, a pessoa deixa de compra agrotóxico para suas plantas e  assim contribui muito mais no equilíbrio do ecossistema. 

23 de jul. de 2015

Orgânicos a preços acessíveis?



Brasil ostenta o indigesto posto de campeão mundial no consumo de agrotóxicos, com uma média de um milhão de toneladas por ano, segundo dados divulgados em abril pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). Só para se ter ideia, casa brasileiro consome uma média de 5,2 kg dessas substâncias a cada ano, fator que pode desencadear intoxicações agudas, crônicas e até mesmo câncer.
Os alimentos orgânicos, que dispensam os agrotóxicos em sua produção, são uma boa alternativa ao problema. A questão é que, geralmente, eles custam bem mais do que os produtos convencionais, o que impede sua popularização na mesa dos brasileiros. Ao pensar nisso, o Instituto Chão passou a comercializá-los, na Vila Madalena, em São Paulo, pelo mesmo preço proveniente dos produtores. – um dos fornecedores é o Sítio Escola Portão Grande.
Assim, um pé de alface orgânico que pode custar até R$ 4 em um supermercado ou hortifruti, por lá é comercializado por até R$ 2.
Instituto Chão é uma associação sem fins lucrativos que é construída colaborativamente – para a inauguração e compra do primeiro lote de orgânicos, por exemplo, o grupo fez um projeto de financiamento coletivo.
Diversidade de produtos
Além de frutas, legumes e verduras, a associação oferece uma série de chocolates, patês, queijos, mel, farinha, óleos e bebidas, além de um café, que serve lanches e bebidas – todos orgânicos.
Bem que iniciativas semelhantes poderiam se espalhar por todo o Brasil, não é mesmo? Recentemente, o EcoD mostrou o Mapa de Feiras Orgânicas, que pode te auxiliar a encontrar esses alimentos mais saudáveis, com preços acessíveis, perto de você. (EcoD/ #Envolverde)
* Fonte: site EcoD
Publicado originalmente no site EcoD.

Rede Pró-vida se reuni para organizar "I Encontro sobre saúde, produção orgânica e Consumo Consciente "




A Rede Pró-vida, que é um coletivo constituído por associações de agricultores orgânicos, organizações não governamentais, representações de empresas privadas e públicas além de instituições de ensino, pesquisa e fomento da região do Vale do São Francisco, estiveram reunidos no Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável – CAERDES, unidade da Universidade do Estado da Bahia no último dia 20 de julho discutindo a organização do “I Encontro sobre saúde, produção orgânica e Consumo Consciente – O que está no seu prato?”. Deliberou-se que o evento ocorrerá em março de 2016 e será precedido de dois ciclos de debates em outubro e novembro de 2015 versando respectivamente sobre produção orgânica e terapias naturais para a saúde. Durante os ciclos, acontecerão palestras, oficinas, feiras e debates tudo voltado para saúde, produção orgânica e uma boa alimentação. Deliberou-se que a próxima reunião, será dia 04 de agosto próximo às 14:00 horas, no Recanto Madre Paulina, quando a programação e demais aspectos atinentes serão definidos.

16 de jul. de 2015

Agricultura de Mato Grosso está em xeque, dizem especialistas

Os investimentos em insumos modernos não estão dando conta de melhorar a produtividade das lavouras
Sérgio de Oliveira


O espírito da veterana engenheira agrônoma Ana Primavesi, autora do clássico “Manejo Ecológico do Solo”, pairou sobre o I Simpósio Agroestratégico “Repensando a agricultura do futuro”, promovido pela Aprosoja-MT em Cuiabá nesta quinta-feira, 9 de julho. Primavesi foi uma das pioneiras na preservação do solo e recuperação de áreas degradadas, abordando o manejo do solo de maneira integrada com o meio ambiente, o que soava como uma nota dissonante frente à chamada revolução verde, que pretendia resolver todos os problemas da agricultura com a aplicação de adubos químicos e agrotóxicos. Foi taxada de ecologista e seus ensinamentos não foram absorvidos na medida da sua importância para a agricultura tropical.
“Ela tinha razão, pena que não escutamos a velhinha”, desabafou o agrônomo formado pela Esalq e produtor rural José Eduardo Júnior, que planta 1.200 hectares no médio-norte de Mato Grosso. Segundo ele, a agricultura está numa encruzilhada, com o atual sistema de produção incapaz de responder aos investimentos. “O solo está pedindo socorro, está doente, esgotado com a monocultura da soja em sucessão com milho e algodão”.
Este foi o tom que dominou o evento, em que pesquisadores da Embrapa e da Fundação Mato Grosso assinaram embaixo das palavras de José Eduardo. Para uma plateia de  uma centena de produtores rurais de todo o estado, eles criticaram o modelo atual e pregaram o estabelecimento de um “sistema de produção” e não apenas de “sistemas de cultivo”, como tem sido praticado – ou seja, o agricultor não pode levar em conta apenas o que fazer na próxima safra, mas sim obter resultados nas lavouras garantindo que os recursos naturais mantenham-se à disposição ao longo dos anos.
“A produtividade da soja está estagnada há quinze anos, a do algodão também, com um agravante: quase todo dia o agricultor tem que entrar pulverizando a plantação, às vezes chega a 30 no caso do algodão”, disse o pesquisador Leandro Zancanaro, da Fundação MT. “Usamos cada vez mais tecnologia e nada de aumentar a produtividade. Nunca investimos tanto, mas cadê os resultados”. Para ele, está-se confundindo ferramentas tecnológicas com tecnologia, que significa conhecimento e não equipamento. “Não sei se agricultura de precisão é conhecimento... Nós não procuramos entender as plantas. Áreas corrigidas há muito tempo começaram a ter outros problemas”. Zancanaro citou a revista AgroDBO de agosto de 2014 que tratou do campeão de produtividade Cesb do ano passado. “Ele teve alta produtividade, mas a revista registrou que foi numa área pequena e que se diferenciava do restante da propriedade”.
José Eduardo Júnior mostrou o que vem fazendo desde 2007 para driblar os caprichos da natureza: observá-la. “Temos que aprender com ela”. Em sua propriedade, ele implantou um sistema que integra rotação de culturas, consorciação, plantio de cobertura, sempre em plantio direto, até mesmo de arroz, além da soja, milho, braquiária, crotalárias, pé-de-galinha, nabo forrageiro, milheto e trigo mourisco. Segundo ele, já no primeiro ano notou diferenças na lavoura, que passou a contar com um volume maior de matéria orgânica no solo, e a cada ano que passa percebe maior produtividade nas culturas. A matéria orgânica proporciona o equilíbrio e diversificação da microfauna do solo – hoje ele convive sem problemas com nematoides, pois estão em equilíbrio no ambiente - e o aumento da fertilidade em geral do solo, o que tem proporcionado à sua fazenda um ganho até 60% maior que a média da região, entre economia de adubo e defensivos e elevação da produtividade.
“Esta é a nova onda da agricultura, que nada mais é do que a velha fórmula da dra. Primavesi”, define Júnior. Zancanaro emenda: “Temos um ganho com a genética, mas a condição fitossanitária está se agravando e é ela que vai nos fazer mudar".
 

Fonte: Portal DBO


7 de jul. de 2015

Alunos de agronomia da Uneb de Juazeiro (BA) retornam de estagio supervisionado realizado em fazenda no Ceará

Por: Augusto Jackson 





Estudantes do Campus III da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro, realizaram estágio supervisionado em fazenda localizada na cidade de  Ubajara-CE. Victor Hugo Freitas e Natali Moura Costa, são alunos do curso de Engenharia Agronômica do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) e realizaram estágio supervisionado na empresa Amway Nutrilite do Brasil com o intuito de aprofundar seus conhecimentos sobre produção orgânica de alimentos, em escala industrial  e se familiarizarem com o  mercado de trabalho.




O coordenador do Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (Caerdes) e diretor do DTCS, professor  Jairton  Fraga Araujo, explica que tem como um dos seus objetivos proporcionar aos estudantes de graduação um intercâmbio com fazendas, Universidades e Extensão rural em outros estados, e região para que eles possam consolidar  seus conhecimentos.  “Para complementar a formação que os alunos que são vinculados ao Caerdes tem procuramos encaminhá-los para fazendas onde há produção orgânica para aperfeiçoarem seus conhecimentos”, explicou.


Os alunos ao chegarem à instituição passaram por treinamentos, como de segurança, questões ambientais que a empresa preserva, sustentabilidade,  conheceram as políticas da empresa,  palestras,  simulação de auditoria pela fabrica. Os estudantes passaram três meses na empresa, e a própria arcou com todas as despesas, hospedagem, alimentação, transporte, além de uma bolsa auxilio durante o período do estágio.  

 
"Essa área é um universo ainda muito masculino, quando eu cheguei lá foi  um choque. O campo ainda é muito  tomado   por homens, poucas são as mulheres. No inicio senti um certa barreira, mas depois do convívio das trocas  de experiências, eles começaram a me enxerga como profissional"  Afirma Natali Moura. Foto:Augusto Jackson














Victor e Natali participaram ativamente de todas as atividades da empresa. “se me dei bem lá, foi graças ao Caerdes, tudo o que eu fazia aqui, lá só foi uma extensão, Graças ao professor Jairton” Afirma Natali.   Ela ainda acrescenta que o que facilitou o trabalho dela na fazenda, foi a base de conhecimentos que já tinha adquirido no Caerdes com o professor e que depois desta experiência se apaixonou mais pela agronomia e essa oportunidade só veio confirmar o seu amor e consolidar a sua paixão pela agronomia. “Eu quero ser agrônoma. Foi e está sendo uma realização. Realmente o que eu quero é trabalhar com a agricultura orgânica, e lá me possibilitou ver que isso é possível” Finalizou a estudante.  


Victor Hugo diz que não teve uma expectativa, por que ainda não sabia como era a estrutura da empresa, que ao chegar na empresa, deparou  com uma grande estrutura, tanto em recursos tecnológicos quando na relação  pessoal com as pessoas. Isso o surpreendeu de como todos são bem tratado sem depender do cargo que tinha. Ele ainda diz, que a principio o foco foi passar a confiança para a empresa, de que eles ali estavam capacitados, para depois poderem opinar durante os trabalhos realizados. “Às vezes ficava um olhar meio duvidoso, para a gente, às vezes víamos uma coisa que não estava certa, mas para podermos da a nossa opinião demorou certo tempo”. Lembra-o.


"Com essa experiência, percebei que é possível produzir em grande escala de uma  maneira sustentável,
 e é isso eu quero levar para minha vida pessoal  e profissional." Diz Victor Hugo- Foto: Augusto Jackson
Victor Hugo diz que não teve uma expectativa, por que ainda não sabia como era a estrutura da empresa.  Ao chegar lá, deparou- se com uma grande estrutura, tanto em recursos tecnológicos quando na relação pessoal com as pessoas. Isso o surpreendeu de como todos são bem tratado sem depender do cargo que tinha. Ele ainda diz ainda que a principio o foco foi passar a confiança para a empresa, de que eles ali estavam capacitados, para depois poderem opinar durante os trabalhos realizados. “Às vezes ficava um olhar meio duvidoso, para a gente, às vezes víamos uma coisa que não estava certa, mas para podermos da a nossa opinião demorou certo tempo”. Lembra-o.

Hugo diz que aprendeu muito durante o período em que estava lá, a vivencia com o campo, isso o ajudou muito no conhecimento técnico agronômico “muitas vezes no curso de agronomia não temos tanto a pratica, e graças ao Caerdes não senti muitas dificuldades em ir a campo, pois antes aqui já tínhamos o contato com a pratica. Mas pude aproveitar e aprender outras coisas como gerenciamento, fluxograma de produção”. Afirmou. Ele ainda acrescenta que com essa experiência, percebeu que é possível produzir em grande escala de uma  maneira sustentável, e é isso que ele quer levar para a sua vida pessoal  e profissional.


A fazenda/indústria Amway Nutrilite é Líder mundial de vendas de suplementos de vitaminas e mineral, está presente em cerca de 80 países.  De acordo com coordenado jairton Fraga Araujo, no Ceará, é produzido acerola, com o objetivo de extrair o ácido escorbuto que irá se transforma na vitamina C, além de produzir agrião para suplementação e uma planta conhecida popularmente como picão preto, de onde se extrai um Antiinflamatório. Tudo o que se produz nesta empresa é orgânico, não se usa nenhum componente químico em suas produções.

6 de jul. de 2015

Petrolina terá central para venda de produtos orgânicos

A cidade de Petrolina, no Sertão pernambucano, ganhará nos próximos meses uma Central de Comercialização de Produtos Orgânicos. A unidade será construída no bairro Areia Branca, na Zona Leste da cidade, através de uma parceria entre o município e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codesvasf).

Segundo a gestora da Usina de Projetos de Petrolina, Marlize Mainardes, responsável pela elaboração do projeto da Central, a ideia surgiu a partir de uma necessidade da Associação dos Produtores Orgânicos de Petrolina. “Os produtores ocupam hoje um espaço no Parque Josepha Coelho, mas nós percebemos que o local não consegue suprir a demanda e não é o ambiente mais adequado. Por isso, junto com a associação decidimos pela construção de uma feira, mas notamos que o orgânico é mais amplo que uma feira e por isso modulamos o projeto em seguimentos”, explica.

Com o novo formato, a Central será dividida em quatro partes. “Teremos uma feira para a comercialização de produtos in natura e um outro pavilhão para produtos orgânicos industrializados, como doces e geleias, além da comercialização de fitoterápicos. Teremos também um espaço com dois viveiros para que as pessoas possam adquirir mudas de plantas. A Central contará ainda com uma praça de alimentação onde serão comercializados apenas pratos preparados com produtos orgânicos”, ressalta Marlize.

A primeira parte do projeto, com custo total de R$ 900 mil, está previsto para ser entregue em novembro deste ano. O segundo módulo em 2015, e os demais pavimentos até novembro de 2016. "É um projeto importante e que atende a demanda não somente dos produtores, mas também da população. Hoje não podemos pensar que teremos uma saúde melhor apenas frequentando academia. As pessoas se preocupam também com o que estão comendo e com a procedência desses produtos. Por isso é importante investir e incentivar o trabalho dos agricultores de produtos orgânicos", destaca a gestora.


Fonte: G1 Petrolina
http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2015/03/petrolina-tera-central-para-venda-de-de-produtos-organicos.html


2 de jul. de 2015

O CAERDES desbravando fronteiras

Na última sexta-feira (26/06), estiveram visitando o Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável - CAERDES, os representantes do Ministério da Agricultura da França. O CAERDES desbravando fronteiras. O centro teve a honra de receber representantes do governo Francês. A comitiva está no Brasil para conhecer o que vem sendo feito de diferente na agricultura e na pecuária.

E ficaram encantados com o centro. Não imaginavam que algo do tipo existisse aqui no Nordeste. Além da entrevista do Profº Jairton Fraga, aos representantes da França, neste mesmo dia o CAERDES finalizou pelo turno da manhã o curso para Agentes de Extensão Rural. 


O curso teve carga horária de 48 horas. Abordando assuntos relacionados da produção de mudas até a comercialização de produtos orgânicos.O CAERDES cumprindo seu papel de disseminação de conhecimentos. Capacitando pessoas que vão ser potenciais multiplicadores de técnicas orgânicas e agroecológica.


Texto e fotos: Carlos Diogo e Carla Roane
Bolsista e Estagiária CAERDES