20 de dez. de 2014

CAERDES LANÇA CARTILHAS EDUCATIVAS NA FEIRA DE ORGÂNICOS DE PETROLINA


Aconteceu ontem (19) no parque Josepha Coelho em Petrolina - PE, o lançamento de duas séries de cartilhas educativas elaboradas pelo CAERDES (Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sutentável): as duas séries, "Agroecologia" e "Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável" têm o objetivo de mostrar aos pequenos agrcitultores, pesquisadores e estudantes que é possível produzir alimentos livres de agroquímicos e biologicamente saudáveis.  Na ocasião, também foi inaugurada a Feira de Produtos Orgânicos, que contou com a participação de autoridades, estudantes e consumidores e proporcionou a certificação de aproximadamente 50 agricultores orgânicos da região. 

O Professor Jairton Fraga Araújo, coordenador do CAERDES, apresentou ao público presente os 13 volumes que compõem a coleção. As cartilhas possuem uma linguagem simples e foram produzidas pelo coordenador com o apoio dos bolsistas de pesquisa do Centro. Na ocasião, Jairton parabenizou os agricultores presentes e enfatizou as diversas possibilidades que uma agricultura sustentável e limpa proporciona. 

Prof. Jairton Fraga Araújo: "É possível sim fazer agricultura orgânica"

O Professor Jairton - coordenador do CAERDES - e os bolsistas de pesquisa do Centro
elaboraram 13 cartilhas educativas para pequenos agricultores.
A inauguração da Feira de Produtos Orgânicos também constitui um marco na região. Segundo Osnan Ferreira, Egenheiro Agrônomo da Codevasf e um dos organizadores da Feira, a demanda partiu dos próprios consumidores. "Eles querem acessar e comprar os produtos livres de agrotóxicos. Aí começamos a discutir, os produtores queriam também. Então, buscamos algumas parcerias", declara. Dentre os parceiros deste projeto, estão o SEBRAE, CODEVASF, UNIVASF e Ministério Público. 

Osnan Ferreira, Engenheiro Agrônomo da Univasf na abertura da Feira. 

Os produtores passaram por um processo de capacitação para obter a certificação, e, posteriormente, montaram a feira. Segundo Osnan, o objetivo é certificar 50 agricultores por semestre. Ele também atentou para a relevância que uma feira desse gênero tem na região do Vale do São Francisco. "O Vale é um dos maiores produtores de frutas do Brasil. Se conseguirmos avançar, seremos os maiores produtores de orgânicos do país", ressalta. 

Mariano Inácio dos Santos foi um dos produtores que recebeu a certificação na feira. Ele trabalha há quase 15 anos com agricultura sustentável e declara que uma das dificuldades que encontrou foi a aceitação dos consumidores. Mariano afirma que demorou para que as pessoas se interessassem pelos orgânicos, mas diz que, atualmente, os cidadãos têm se mostrado mais conscientes. 

Mariano trabalha há 15 anos com agricultura orgânica
Ele também comenta que juntamente com os colegas, lutou para que a feira orgânica tivesse seu próprio espaço. "Estamos lá na Areia Branca há 4 anos. E a nossa briga era pra sair de lá do meio do convencional, pra gente ter a nossa feira separada", expõe. Mariano também confessa que têm ótimas expectativas com o novo espaço e espera que cada vez mais, produtores e consumidores se conscientizem a respeito da sustentabilidade de alimentos. 

A feira orgânica será aberta a partir de agora todas as sextas-feiras, a partir das cinco horas da tarde. O organizador Osnan Ferreira ainda afirma que para 2015, já existe um projeto da construção do mercado para esses agricultores. No que diz respeito às cartilhas educativas, 10 coleções foram distribuídas entre os produtores presentes na feira. 

Texto e fotos: Mirielle Cajuhy
Estagiária em Assessoria de Comunicação

16 de dez. de 2014

EM MEIO À CRISE DA ÁGUA, DEPUTADOS DE SP APROVAM LEI QUE REDUZ MATAS CILIARES




A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite de quarta-feira (10) o Projeto de “Lei do Desmatamento” (PL 219/14), que regulariza usos do solo e atividades irregulares em áreas de preservação e diminui a recuperação de APPs (Áreas de Preservação Permanente), deixando desprotegidas as matas ciliares e nascentes em São Paulo. Com a perspectiva de tornar ainda mais grave a atual crise de água no Estado, o PL é alvo de mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica, que alerta para os prejuízos e retrocessos que o projeto trará a São Paulo – com a mobilização, conseguiu adiar a votação durante uma semana. O projeto depende agora de uma sanção do governador Geraldo Alckmin para entrar em vigor.

A coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, que participou da única audiência pública realizada na Assembleia Legislativa com representantes de organizações de defesa do meio ambiente e acompanhou a votação, apontou problemas técnicos na elaboração do projeto. Para a SOS Mata Atlântica, o texto substitutivo aprovado sofreu alterações em relação à proposta original, mas repete os mesmos vícios da norma federal e não foi modificado em sua essência.

“Na prática, todo o retrocesso do novo Código Federal foi agora sacramentado no Estado de São Paulo”, afirmou Malu. “O projeto cria a possibilidade de exportar reserva legal para outros Estados, para recomposição de reserva legal, e descaracteriza completamente a função legal das Áreas de Preservação Permanente para fins de regularização de usos e atividades que até então eram irregulares. As APPs, de acordo com o novo Código Florestal, continuam tendo a função exclusiva de preservar rios, nascentes e mananciais. Por isso, não podemos aceitar que sua recuperação seja diminuída e desrespeitada”, explica Malu.

Segundo a especialista, o texto também não respeitou o acordo para a retirada do artigo que trata do uso de culturas lenhosas e espécies exóticas na recomposição (como pínus e eucalipto), em 50% da faixas de preservação permanente para propriedades com até 4 módulos fiscais, consideradas pequenas. “Relacionar a faixa de APP a ser recuperada com o tamanho das propriedades, com base em indicadores sócio econômicos das regiões, sem considerar a geografia, a dinâmica das bacias hidrográficas e dos rios, criando uma espécie de escadinha para as faixas de recuperação ciliar é um absurdo.

Outra grave ameaça é a diminuição da proteção de nascentes e olhos d’água, por exemplo, cuja faixa de preservação permanente caiu de um raio de 50 metros para apenas 15 metros em áreas consideradas consolidadas. “Resta à sociedade, portanto, denunciar a gravidade do processo de tramitação desse projeto de lei, que não considerou o grande arcabouço legal, técnico e institucional de São Paulo, bem como a crise da água, e cobrar firmeza do Governo do Estado. O governador pode vetar os retrocessos e elaborar um decreto ampliando a proteção e a recuperação ambiental em São Paulo, ouvindo os Comitês de Bacias Hidrográficas para garantir água nas regiões de escassez hídrica e o Consema para as áreas estratégicas para conservação”, explica Malu Ribeiro.

Em estudos recentes da SOS Mata Atlântica divulgados em outubro deste ano constatou-se que a cobertura florestal nativa na bacia hidrográfica e nos mananciais que compõem o Sistema Cantareira, centro da crise no abastecimento de água que assola São Paulo, está pior do que se imaginava. Hoje, restam apenas 488 km² (21,5%) de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis represas que formam o Sistema Cantareira. Não restam dúvidas de que o desmatamento da Mata Atlântica e da Amazônia tem relação direta com a escassez da água na região sudeste. Com menos proteção florestal, teremos menos água.

10 de dez. de 2014

NOVA LEI DISPÕE SOBRE AS SANÇÕES PENAIS E ADMINISTRATIVAS DERIVADAS DE CONDUTAS E ATIVIDADES LESIVAS AO MEIO AMBIENTE


Altera o art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências, para determinar que animais apreendidos sejam libertados prioritariamente em seu habitat e estabelecer condições necessárias ao bem-estar desses animais.


Íntegra:

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Esta Lei determina que os animais apreendidos em decorrência de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente sejam libertados prioritariamente em seu habitat e estabelece condições necessárias ao bem-estar desses animais.

Art. 2o O § 1o do art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 25. (...)

§ 1o Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados.

Art. 3o O art. 25 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2o, renumerando-se os demais:

“Art. 25. (...)

§ 2o Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1o deste artigo, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico.

Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

8 de dez. de 2014

CAERDES ENCERRA II CURSO DE EXTENSÃO EM AGROECOLOGIA E AGRICULTURA ORGÂNICA

Estudantes do curso e bolsistas do CAERDES

Neste sábado (6) o CAERDES - Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável - encerrou o II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica. As aulas, que têm o objetivo de preparar jovens estudantes interessados em trabalhar com a agricultura sustentável, aconteceram nas dependências do Centro, localizado na Uneb de Juazeiro - campus III e foram ministradas pelo Professor Jairton Fraga Araújo. Foram diversos temas abordados nos cinco sábados de curso, desde Ética e Ecologia até Adubação Verde e seus benefícios para o solo. 

"A gente mostra aqui no curso que é possível fazer agricultura com bons níveis de produtividade, sem contaminar os alimentos nem agredir o meio ambiente", declara o
coordenador do CAERDES e professor do curso, Jairton Fraga Araújo. Ele ainda destaca outros benefícios da produção sustentável de alimentos, como não colocar a saúde das pessoas em risco devido aos agroquímicos, a redução dos custos de produção e o rendimento de frutos biologicamente saudáveis. 

No que diz respeito ao desempenho dos estudantes, Jairton acredita que ainda é cedo para afirmar que eles estejam prontos para a Agroecologia. No entanto, mostra-se otimista. "Nós lançamos as bases para que esses jovens, ao longo do 5 anos de curso (de Agronomia) faça a opção do que eles querem enquanto profissionais e consolidem o que aprenderam aqui", diz.

Willian Costa Bezerra é um dos jovens estudantes de Agronomia que participaram do curso. Ele está no início da graduação e diz que essa experiência foi um dos seus primeiros contatos com a Agroecologia. "Foi muito legal aprender as técnicas que envolvem a agricultura orgânica, o que ela promove, além de mostrar que essa produção não é algo superficial. É profundo e pode ser em larga escala", alega. Willian também comenta que o seu olhar a respeito da Agronomia e da Agricultura mudou. "Hoje dá pra ver que é possível produzir de forma sustentável", assegura.

Todavia, o curso de extensão não teve a participação apenas dos calouros. Luan David Alcântara está no 9º período de Engenharia Agronômica e esta é a segunda vez que ele participa dessa capacitação promovida pelo CAERDES. "O Centro mostra pra gente uma nova linha de pensamento, que é trabalhar com a agricultura sustentável visando novas técnicas para o nosso futuro profissional", declara.

O II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica foi encerrado com aulas sobre Rochagem (utilização do pó de rocha para fertilizar o solo), Adubação Verde (utilização de plantas como adubo) e Defensivos Naturais (produtos alternativos para controlar pragas e doenças sem agredir o ambiente e os alimentos). A iniciativa do curso é do CAERDES em parceria com o Diretório Acadêmico de Engenharia Agronômica da Uneb - campus III. O coordenador do CAERDES afirma que outras edições serão realizadas. "Temos uma tabela longa de cursos a cumprir".

Quanto ao legado que o Centro deixa aos estudantes, Carlos Diogo Medeiros - um dos organizadores do curso e bolsista do CAERDES - acredita que vai além do ensinamento teórico, pois, visa uma conscientização social, principalmente no que diz respeito a ver o seu colega de profissão como um parceiro e não como concorrente. Além disso, segundo o coordenador Jairton, a instituição também visa produzir conhecimento e transmiti-los, através de pesquisas e cursos como este, a estudantes, agricultoras, agricultores, quilombolas, indígenas e outros perfis da área.  

Texto e foto: Mirielle Cajuhy
Estagiária em Assessoria de Comunicação

4 de dez. de 2014

BRASILEIRO CONSOME 5,2 LITROS DE AGROTÓXICO POR ANO, ALERTAM AMBIENTALISTAS

Fonte: Agência Brasil
Texto: Vladimir Platonow


O Brasil é campeão mundial no uso de agrotóxicos, cabendo a cada brasileiro o consumo médio de 5,2 litros de veneno agrícola por ano. O dado foi divulgado ontem (3) por ambientalistas, quando é celebrado o Dia Internacional da Luta contra os Agrotóxicos. A data lembra a tragédia ocorrida há 30 anos, na cidade de Bhopal, na Índia, quando uma fábrica da Union Carbide, atual Dow Chemical, explodiu, liberando toneladas de veneno no ar, matando nas primeiras horas 2 mil pessoas e outras milhares nos dias seguintes.



A data foi lembrada em diversas cidades brasileiras. No Rio de Janeiro foi organizado um protesto, na Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores. O integrante da coordenação nacional da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida Alan Tygel criticou o modelo agrícola brasileiro, dirigido à exportação e altamente dependente de agrotóxicos.

“Nós, aqui no Brasil, estamos desde 2008 na liderança como os maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Isso por causa do modelo adotado pelo país, do agronegócio. O Brasil se coloca no cenário mundial como exportador de matérias primas básicas, sem nenhum valor agregado, como é o caso da soja, do milho e da cana. São produtos que ocupam a maior parte da área agricultável brasileira, à medida que a superfície para alimentos básicos vem diminuindo”, destacou o ativista.

Segundo ele, o país é campeão no uso de agrotóxicos, com consumo per capita de 5,2 litros por habitante ao ano. “Mas isso não é dividido de forma igual. Se pegarmos municípios de Mato Grosso, por exemplo, como Lucas do Rio Verde, lá se consome 120 litros de agrotóxicos por habitante”, alertou Tygel. Os ambientalistas querem o fim da pulverização aérea - medida já praticamente banida em toda a Europa -, o fim da comercialização de princípios ativos proibidos em outros países e o fim da isenção fiscal para os agrotóxicos.

“Uma das nossas bandeiras é o fim da pulverização aérea, pois uma pequena parte do agrotóxico cai na planta e grande parte cai no solo, na água e nas comunidades que moram no entorno. Temos populações indígenas pulverizadas por agrotóxicos que desenvolveram uma série de doenças, desde coceiras e tonteiras até câncer e depressão, levando ao suicídio e à má-formação fetal”, enfatizou Tygel.

Além disso, ele ressaltou que o meio ambiente sofre forte impacto, com extinção em massa de diversas espécies de insetos, como abelhas, repercutindo na baixa polinização das plantas e na produção de mel. Também as águas são contaminadas com moléculas absorvidas pelos animais e pelo ser humano, levando a uma série de doenças que, muitas vezes, são passadas das mães para os filhos. Mais informações sobre o assunto podem ser obtidas na página www.contraosagrotoxicos.org.

3 de dez. de 2014

NOVO EXPERIMENTO DE TOMATE ORGÂNICO É IMPLANTADO NO CAERDES

Com o objetivo de avaliar a produtividade do tomate sob cultivo orgânico, o CAERDES - Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável - está implantando mais um novo experimento. 



O bolsista Saullo Melo, responsável pelo experimento juntamente com o Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo, implantou o cultivo no dia 22 de novembro. São três espécies de tomate a serem analisadas. "Temos uma variedade comercial, que é local, e a outra recebemos da Itália", declara Saullo. 

Muda de variedade comercial

Nesta etapa do experimento, foi necessário fazer um processo chamado "repicagem": tirar as mudas que estão em excesso e recolocá-las em sacos que estão vazios, ou seja, onde as plantas não germinaram. 







15 PLANTAS QUE AJUDAM NO CONTROLE DE PRAGAS NA HORTA

Fonte: Ciclo Vivo
Fotos: iStock Photo

Ter uma horta orgânica em casa requer cuidados e dedicação. Para controlar a área de forma natural, sem utilizar produtos químicos como pesticidas ou agrotóxicos, mantenha as plantas que listamos a seguir próximas ao cultivo. A lista é do Manual Horta Orgânica Doméstica, elaborada pelo Clube do Jardim.

Alfavaca: Também conhecida como manjericão de folha larga, esta planta é muito comum no tempero de peixes. Além disso, o seu cheiro forte repele moscas e mosquitos. Mas, atenção, a alfavaca não deve ser plantada perto da arruda.



Alho: Além de ser um dos temperos mais utilizados na culinária, cultivar o alho em sua horta é benéfico, principalmente se você cultivar tomates. A planta atua como um repelente para pragas que costumam atacá-los.



Alecrim: O alecrim é considerado uma planta fácil de se cultivar e muito indicada para jardineiros principiantes, tendo boa tolerância a pragas. O arbusto é capaz de afastar a borboleta-da-couve e a mosca-da-cenoura. A sálvia é uma ótima companheira para o alecrim.



Cheiro-de-mulata: Conhecida pelos nomes de catinga-de-mulata, tanaceto, atanásia ou erva-de-São-Marcos, o aroma forte desta planta medicinal repele insetos voadores. Ela pode ser plantada em toda área da horta. A erva ainda é utilizada para fazer a água de cheiro, utilizada pela religião do Candomblé, por isso seu apelido, cheiro-de-mulata.



Hortelã: A planta herbácea é muito cultivada em todo o mundo devido às suas essências aromáticas. O cheiro da hortelã repele lepidópteros, como a borboleta-da-couve, formigas e ratos. É uma boa opção cultivar a hortelã nas bordas das lavouras.



Tomilho: A planta, muito utilizada na culinária em temperos de carnes e molhos, requer pouco cuidado e prefere terrenos secos. O arbusto do tomilho tem poder de  afastar a borboleta-da-couve, considerada praga em algumas plantas cultivadas, principalmente da couve, couve-flor e brócolis, onde as lagartas desfolham a planta.



Sálvia: De folhas longas e aveludadas, a sálvia tem um sabor forte e, ao mesmo tempo, refrescante, assemelhando-se levemente ao alecrim. A erva repele a mariposa do repolho.



Tagetes: Vulgarmente conhecido como cravo-de-defunto, por possuir odor considerado forte e até desagradável, ele é um ótimo repelente natural de muitos insetos e protege contra os nematóides.



Coentro: O coentro, muito utilizado na culinária brasileira, principalmente no norte e nordeste, é eficiente no controle de pulgões e ácaros.



Gerânio: Além de serem muito bonitos e possuírem diversas cores de flores, os gerânios ajudam a proteger o jardim, pois a espécie é um repelente natural de insetos.



Manjericão: As folhas do manjericão são muito utilizadas para molhos e temperos. O seu odor, além de muito agradável, ajuda a repelir moscas e mosquitos.



Citronela: A citronela é uma planta medicinal muito utilizada como repelente para insetos, sendo eficaz contra moscas, mosquitos e formigas. Ela ajuda a manter longe até mesmo os mosquitos da dengue.



Anis: Também conhecida como erva-doce, seu caule é muito utilizado em saladas e sua fruta em forma de semente é usada em confeitaria e em licor. O anis tem a capacidade de repelir as traças.



Capuchinha: Também conhecida popularmente como chagas, flor-do-sangue e agrião-do-méxico, é uma flor que pode ser comestível, desde que seja cultivada sem o uso de agrotóxicos. Ela repele nematóides, vermes que atacam e matam as plantas e insetos.



Losna: Planta medicinal, também conhecida como Absinto, Erva-do-fel, Alenjo, Erva-de-santa-margarida, Sintro ou Erva-dos-vermes. Além de possuir odor inseticida, ela afasta animais de sua horta. 






1 de dez. de 2014

CAERDES PRODUZ SÉRIE DE CARTILHAS EDUCATIVAS SOBRE AGROECOLOGIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



Com o objetivo de alertar a sociedade a respeito da sustentabilidade e das questões ambientais, o CAERDES - Centro de Agroecologia Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável - vai lançar duas séries de cartilhas educativas. A série 1 – “Agroecologia” – possui 10 volumes e aborda temas que vão desde os fundamentos agroecológicos e suas práticas até a formulação de defensivos naturais. A série 2, “Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável” possui 3 volumes: Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos. O material foi produzido pelo Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo e pelos bolsistas do CAERDES.

As cartilhas possuem uma linguagem simplificada e sucinta, para que as informações sejam acessíveis e compreendidas por todos. “Além da difusão do conhecimento, queremos que essas informações saltem os muros da universidade”, declara a estudante de Direito e bolsista do CAERDES, Kallinca Artuso.

Através de pesquisas, leitura e processos de edição, o material estava sendo produzido desde janeiro desse ano. Os exemplares serão distribuídos em várias instituições, dentre elas: universidades, instituições de apoio ao meio ambiente, órgãos públicos e comunidade. “É um conhecimento que nos enriquece e presta um serviço à sociedade”, afirma Kallinca. 

Texto e fotos: Mirielle Cajuhy
(Estagiária em Assessoria de Comunicação)

Slides: Saullo Melo (Bolsista CAERDES)


QUARTO DIA DO II CURSO DE EXTENSÃO EM AGROECOLOGIA E AGRICULTURA ORGÂNICA TEM ADUBAÇÃO COMO TEMA

Dando continuidade ao II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica, o CAERDES promoveu mais uma aula neste sábado (29). O tema desta vez foi a importância da adubação na agricultura orgânica, bem como a relevância da fertilidade do solo e as especificidades que esses fatores tem sob o ponto de vista agroecológico. Cerca de 40 estudantes de Engenharia Agronômica da Uneb compareceram para aprender um pouco mais no penúltimo dia de curso.

"As fontes que a gente utiliza para recuperar as características do solo, sobretudo as características químicas que são responsáveis pela fertilidade química do solo, são naturais", declara o Prof. Dr. Jairton Fraga Araujo, professor do curso. Ele reafirma ainda a importância de se utilizar adubos que tenham sido obtidos de processos orgânicos, pois este é um pressuposto fundamental na agricultura orgânica. "Dessa maneira, emprega-se isso para adubar as plantas e assegurar boas produtividades sem provocar efeitos colaterais que tornem elas  vulneráveis ao ataque de pragas e doenças", completa.

Após o intervalo, os alunos visitaram as áreas experimentais do CAERDES para ver como são feitos os adubos naturais e conhecer a produtividade das plantas através dos processos orgânicos que são desenvolvidos.



O II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica é uma realização do CAERDES em parceria com o Diretório Acadêmico do curso de Engenharia Agronômica da Uneb de Juazeiro. No próximo sábado (6) o curso encerra com o tema "manejo ecológico de pragas e doenças", trazendo uma boa expectativa para o futuro dos jovens alunos. "Vale como um despertar para esta possibilidade (da agricultura orgânica), para que eles entendam que o sistema tem outros olhares. A agricultura não é só a convencional", afirma Jairton. 

Texto e foto: Mirielle Cajuhy
Estagiária em Assessoria de Comunicação