28 de mai. de 2014

ECONOMIA DE ÁGUA: SAIBA ALGUMAS MANEIRAS DE EVITAR DESPERDÍCIO E GARANTIR TANQUE CHEIO MESMO NAS TEMPORADAS DE SECA

O Brasil é um país continental e o clima é diversificado é um dos fatores que elevam as diferenças na distribuição de água do país. Contudo, neste ano o fenômeno da estiagem atingiu estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais e foi sentido que todos devem contribuir para a economia de água.

O Sistema Cantareira, responsável por acumular os suprimentos de água para que ela chegue à casa de milhões de pessoas alcançou seu nível mais baixo, apenas 15% da capacidade de retenção. Esse fato acionou um alerta para vários brasileiros.

É preciso compreender que a água, embora seja um recurso cíclico, não está apenas acabando por instabilidades naturais, muitos dos afluentes e nascentes estão com a qualidade comprometida, o que provoca o esgotamento das fontes próprias para o consumo.

Autossustentável: Economia de Água


 Para melhorar o uso e a economia desse bem natural é preciso ter consciência de consumo. Algumas dicas podem funcionar bem, conheça algumas delas:

Evite desperdício doméstico

Lavar carros com mangueira, deixar a torneira ligada enquanto escova os dentes e tomar banhos longos já são alguns dos itens mais conhecidos, porém as mudanças podem ser mais profundas.

Reaproveite a água das chuvas para dar descargas ou molhar as plantas, reduza o uso das máquinas de lavar roupas e louças e lave as áreas externas com a água acumulada pelas calhas.

Faça uma reserva

A água que chega através das distribuidoras são usadas diariamente, mas outras fontes podem ser usadas para guardar boas quantidades do recurso.


Caixas d'água podem ser adaptadas para o acumulo de água das chuvas ou mesmo da sua principal fonte de fornecimento. Entre esses equipamentos é indicado o uso de caixas d'água taça que compõem seu corpo e topo de material próprio para uma boa duração de reserva.


Fonte: Blog Autossustentável

Leia mais em: http://www.autossustentavel.com/2014/04/economia-agua-maneiras-evitar-desperdicio.html#ixzz330llyI40

POR QUE CONSUMIR ALIMENTOS ORGÂNICOS?


Sempre que possível, baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Busca manter a estrutura e produtividade do solo, trabalhando em harmonia com a natureza. 

De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três ideias. São elas: 

  • Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.
  • Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.
  • Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).


Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário administrar conhecimentos de diversas ciências (agronomia, ecologia, sociologia, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos. 

OS ORGÂNICOS NO BRASIL E NO MUNDO 

O número crescente de produtores orgânicos no Brasil está dividido basicamente em dois grupos: pequenos produtores familiares ligados a associações e grupos de movimentos sociais, que representam 90% do total de agricultores, sendo responsáveis por cerca de 70% da produção orgânica brasileira, e grandes produtores empresariais (10%) ligados a empresas privadas. Enquanto na região sul cresce o número de pequenas propriedades familiares que aderem ao sistema, no sudeste a adesão é representada em sua maioria por grandes propriedades. 

Atualmente, o Brasil ocupa a 34ª posição no mundo no ranking dos países exportadores de produtos orgânicos, sendo que na última década foi assistido um crescimento de 50% nas vendas por ano. Calcula-se que já estão sendo cultivados perto de 100 mil há (hectares) em cerca de 4.500 unidades de produção orgânica espalhadas por todo o país. A maior parte da produção brasileira (cerca de 70%) encontra-se nos estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Apesar da tendência de crescimento, o Brasil ainda perde para a vizinha Argentina em termos de área certificada para o cultivo de orgânicos na América do Sul. 

Da produção nacional de orgânicos, cerca de 75% é exportada, principalmente para a Europa, Estados Unidos e Japão. A soja, o café e o açúcar lideram as exportações. No mercado interno, os produtos mais comuns são as hortaliças, seguidos de café, açúcar, sucos, mel, geleias, feijão, cereais, laticínios, doces, chás e ervas medicinais. 

Os países com maiores áreas de produção orgânicas são, respectivamente, Austrália com 12,29 milhões de ha; China com 2,3 milhões de ha; e Argentina com 2,22 milhões de ha. Esses países têm como principal atividade nessas áreas orgânicas a pastagem não intensiva. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados na comparação entre países, pois a produtividade é extremamente variável entre eles. O Brasil se encontra na oitava posição, com 880 mil ha. 

Em termos de continente, a Oceania detém 40,7% da área sob manejo orgânico, seguida da Europa com 24,3%, América Latina com 16,2%, Ásia com 10,2%, América do Norte com 7,3% e África com 1,4%.


O Japão hoje é considerado um dos maiores mercados mundiais para produtos orgânicos. Devido à pequena dimensão territorial, a produção orgânica própria é pequena, principalmente se comparada à variedade e volume de produtos que importam, como cereais, legumes, frutas frescas, carne bovina, frango, queijo, entre outros. 

Nos Estados Unidos, os produtores orgânicos certificados produzem principalmente cereais, com destaque para soja e trigo. O desenvolvimento da agricultura orgânica americana tem sido comparado ao da Europa, assistindo um volume de venda próximo dos U$5 bilhões anuais. Segundo dados da Organic Farming Research Fundation (Fundação de Pesquisa em Agricultura Orgânica), aproximadamente 1% do mercado americano de alimentos é proveniente de métodos orgânicos de produção. 

Na Europa o desenvolvimento da agricultura orgânica e do consumo de produtos sem agrotóxico cresce a passos largos. 

No final de 2009, na França, havia 16.446 fazendas orgânicas, um aumento de 23,7% em relação a 2008, e 677.513 hectares de terra orgânica, um aumento de 16% comparado a 2008. O país obteve destaque devido ao aumento significativo de algumas produções animais na linha orgânica, sobretudo o frango orgânico, que teve taxas de crescimento de 135% nos últimos dois anos. 

A Alemanha foi o primeiro país do mundo a criar um organismo para inspeção e controle da produção orgânica e hoje o mercado alemão de produtos orgânicos é considerado um dos mais importantes da Europa. Em 1998, foram contabilizadas cerca de 6.786 unidades de produção (1,9% de sua área total). 

A Áustria é o país da União Europeia com o maior percentual de agricultores orgânicos (8%) e também possui a maior área orgânica proporcionalmente cultivada (10,1%). Em algumas regiões do país, como Salzbourg e Tyrol, 50% dos agricultores já são orgânicos. 

COMO SABER SE É ORGÂNICO? 

Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. São entidades como a Associação de Agricultura Orgânica (AAO), o Instituto Biodinâmico (IBD), entre outros. Essas entidades, ao todo cerca de 30 em todo Brasil, avaliam se a produção do alimento segue os critérios estabelecidos pela agricultura orgânica. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos. 

10 MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS 


SÃO ALIMENTOS NUTRITIVOS E SABOROSOS

Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Um alimento orgânico não contém substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos.

SAÚDE GARANTIDA

Vários pesticidas utilizados hoje em dia no Brasil estão proibidos em muitos países, em razão de consequências provocadas à saúde, tais como o câncer, as alergias e a asma. Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Além disso, os alimentos de origem animal estão contaminados pela ação dos perigosos coquetéis de antibióticos, hormônios e outros medicamentos que são aplicados na pecuária convencional, quer o animal esteja doente ou não. Consumindo orgânicos protegemos nossa saúde e a saúde de nossos familiares com a garantia adicional de não estarmos consumindo alimentos geneticamente modificados.

PROTEÇÃO ÀS FUTURAS GERAÇÕES

As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.

AMPARO AO PEQUENO PRODUTOR

O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.

SOLOS FÉRTEIS

Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.


ÁGUA PURA

Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.

BIODIVERSIDADE

A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.

REDUÇÃO DO AQUECIMENTO GLOBAL E ECONOMIA DE ENERGIA

O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

CUSTO SOCIAL E AMBIENTAL

O alimento orgânico não é, na realidade, mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo nossas despesas com médicos e medicamentos e os custos com a recuperação ambiental.

CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.



Fonte: Blog Autossustentável

 http://www.autossustentavel.com/2010/08/por-que-consumir-alimentos-organicos.html#ixzz330kfkOab

"LIXO" TECNOLÓGICO: PROBLEMA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO

A velocidade do avanço tecnológico torna a cada dia os aparelhos eletrônicos mais obsoletos e, por conseqüência, a quantidade de “lixo” maior no planeta. Tvs de LED, celulares, Dvds e Laptops se tornam defasados rapidamente e acabam sendo trocados no mercado de consumo. O que era objeto de desejo ontem, hoje faz parte daquilo que se pode descartar.

Autossustentável: Lixo Eletrônico

Partindo dessa afirmação, passei a me perguntar sobre o arcabouço jurídico para tentar solucionar o problema. Tentar sim. Sabe-se que o universo do direito tem o péssimo hábito de achar que vai conseguir uma resposta para todas as perguntas e, por isso, obviamente, acaba se frustrando em vários casos. Um dos caminhos poderia ser uma visão legislativa interdisciplinar, o que na matéria ambiental se mostra ainda mais construtiva. Para tanto, deve-se pensar em instrumentos para estimular a política dos 4Rs: Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Repensar.

Autossustentável: 4Rs da Sustentabilidade

Numa rápida pesquisa, descobri a existência de uma série de legislações sobre a destinação ambientalmente adequada desses produtos. Nos últimos anos, foram promulgadas leis nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba que tratam especificamente sobre resíduos sólidos tecnológicos.

A preocupação não se restringe apenas aos entes estatais. Na Câmara dos Deputados tramita o Projeto de Lei nº. 2.045/2011 que também aborda o assunto. É verdade que ainda não passou por todas as etapas do processo legislativo, no entanto é possível demonstrar que o assunto não passa despercebido nos corredores da Casas Legislativas federais.

Tais constatações reafirmam o dilema jurídico-ambiental brasileiro: uma estrutura legislativa numerosa e sua dificuldade de se transportar para a prática. Nessa missão, profissionais como advogados, promotores, juízes, desembargadores, enfim, operadores do direito em geral devem buscar inverter essa realidade e, para tanto, requer uma visão amplificada do problema.


Como carioca, sinto-me mais à vontade para dar como exemplo o Rio de Janeiro. Poucos meses atrás, a questão do “lixo” ganhou destaque no Município pela Política do “Lixo Zero”, na qual multas são aplicadas, no intuito de mudar uma espécie de cultura construída durante anos. “Joga-se o lixo fora”. Mas fica a pergunta: Fora de onde? De casa? Da loja? Da empresa? Por óbvio, permanece no planeta e contribui para índices alarmantes de problemas ambientais como mudanças climáticas e, portanto, cabe ao Poder Público a indução de novas práticas, além da necessidade de punição para os infratores do sistema normativo sobre meio ambiente. Na iminência de grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas na cidade, a transformação precisa ser rápida e eficaz.

Autossustentável: Não Existe Jogar Lixo Fora: Porque Não Existe "Fora"!

Pautada pelo art. 225, caput da Constituição Brasileira, a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi elaborada nessa busca de inversão de valores. Incentivam-se boas práticas de sustentabilidade em todas as suas esferas, fomenta-se o mercado de produtos reciclados ou recicláveis, além de direcionar o mercado para ações menos poluentes. Dentre as medidas impostas, o sistema de logística reversa, ou seja, a delegação ao setor empresarial do encargo, independente do serviço público de limpeza, de viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada, foi trazida ao modelo a ser adotado. Nesse ponto, cabe mencionar que o art. 33, VI da PNRS insere os agentes do setor produtivo de produtos eletrônicos como obrigados a implantar e estruturar o sistema mencionado e proíbe qualquer forma de destinação dos resíduos sólidos vedadas pelo Poder Público (art. 47 e 48 PNRS).

Cumpre esclarecer que a responsabilidade pelos produtos eletrônicos colocados no mercado de consumo abrange toda a cadeia produtiva, incluindo de fabricantes a comerciantes, e os consumidores corporativos ou pessoas físicas. O sistema impõe uma tríplice e independente responsabilização: cível, administrativa e penal (art. 225, § 3° CF/88), o que pode demandar encargos financeiros futuros.

Autossustentável: Plano Nacional de Resíduos Sólidos - Fluxo de Negócios

Percebe-se, dessa forma, que a possibilidade de “risco” impõe outro tipo de planejamento, sendo que as empresas que perceberem isso, certamente, irão obter vantagens mediante o cenário jurídico em construção. Segue-se, aqui, a máxima: o custo do cuidado é sempre menor do que o do reparo.


Fonte: Blog Autossustentável

DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Após vinte anos de discussões o Brasil aprovou a criação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos - PNRS, um dos mais importantes passos na busca pela sustentabilidade nas grandes cidades e centros urbanos. Os desafios são enormes, e propõe um processo participativo entre municípios, iniciativa privada e sociedade, e ganhos imensuráveis ao meio ambiente e às futuras gerações.

Autossustentável: Coleta Seletiva

Esse tempo nos permitiu um amadurecimento e entendimento do que antes era chamado de lixo, e da sua complexidade. Paradoxalmente, o maior desafio e também o maior benefício desta política, é o incentivo a repensarmos a maneira como produzimos e lidamos com os bens e serviços, desde sua concepção até seu descarte. Apesar da extensão e riqueza de detalhes, tentarei apresentar brevemente os principais pontos da PNRS, o estágio atual, e alternativas para sua realização.

O principal objetivo da política é a não geração de resíduos, através da redução e reutilização de tudo aquilo que tem valor econômico e que pode ser reciclado ou reaproveitado. É importante ressaltar que quando esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação, a política determina que todo rejeito deve ter uma disposição final ambientalmente adequada.

Autossustentável: 4R's

Podemos dizer que o cerne da PNRS está no compartilhamento da responsabilidade no ciclo de vida dos produtos, e considera que todos são responsáveis pelos resíduos que geram, desde fabricantes, distribuidores e consumidores, e pelo seu papel no que diz respeito aos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.

Um ponto extremamente positivo é a determinação do fechamento dos lixões até o final de 2014, o que implica na remediação de antigos lixões e substituição por aterros controlados, bem como na criação de novosaterros sanitários. Estes locais são preparados para receber e transformar o rejeito orgânico em adubo, com captação e queima de gás metano e tratamento de chorume, sem que haja contaminação do lençol freático. 
Autossustentável: Aterro Controlado

Autossustentável: Aterro Sanitário
Fonte: Pólita Golçalves, 2014. Autora de “A Reciclagem Integradora dos Aspectos Ambientais, Sociais e Econômicos”.
  
A necessidade de investimentos nesta iniciativa pode ser um grande desafio para os municípios, bem como a correta separação dos materiais encaminhados aos aterros sanitários. Atualmente, apenas 30% das cidades brasileiras estabeleceram metas para a redução de resíduos sólidos (Ambiente Brasil, 2014), o que reflete a necessidade de planejamento e mudança de rotina para encaminhar todo o lixo de forma correta.

A obrigatoriedade dos grandes geradores de lixo a estabelecer metas para a diminuição dos resíduos surtiu resultados positivos nos municípios que já implantaram seus planos de resíduos sólidos. Segundo fontes da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) do Rio de Janeiro, por exemplo, das 92 cidades fluminenses, 67 já fecharam seus lixões passando a descartar seus resíduos sólidos em lugares adequados.

Talvez o maior avanço na política seja o conceito de logística reversa, definido pela Responsabilidade Compartilhada. Ela consiste em um conjunto de ações destinadas a facilitar o retorno dos resíduos sólidos aos seus geradores, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Segundo a lei, as cadeias de produtos são obrigadas a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos. Essas cadeias são compostas pelos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, agrotóxicos, e lâmpadas.

Autossustentável: Logística Reversa
Fonte: Zero Resíduos

Diversos pontos positivos podem ser citados como benefícios desta mudança, como a inclusão social através do fortalecimento das cooperativas de catadores, incentivo à indústria da reciclagem através do estabelecimento de diretrizes para coleta seletiva e educação ambiental, incentivos financeiros e fiscais aos que contribuem para a Logística Reversa.

A PNRS estimula um modelo de produção e consumo diferente do atual, no qual os produtos são criados para uso e descarte. De acordo com Michael Braungart e William Mcdonough (2002), os atuais conceitos de sustentabilidade permitem que os recursos sejam utilizados com máxima eficiência, apenas desacelerando o processo de escassez e esgotamento. Este modelo chamado pelos autores de “Berço ao Túmulo”, é a maneira de fazermos a mesma coisa de uma forma ‘menos ruim’.


Neste sentido, eles criaram um conceito que propõem um modelo cíclico e sustentável como o da natureza, chamado de "Berço ao Berço". O principal objetivo do Cradle to Cradle, termo utilizado em inglês, é estimular um novo método de produção inteligente onde nada é descartado, priorizando o uso de materiais seguros e energia renovável em todo o processo. Ou seja, o fim da vida de um produto é o início para criação de um novo, tornando o resíduo em matéria-prima, e um produto tão bom ou melhor que o antigo.

Autossustentável: Cradle to Cradle

Algumas empresas já desenvolvem produtos utilizando os conceitos do Cradle to Cradle como as cadeiras 100% recicláveis da Giroflex, e a coleção de tênis Puma Incycle. Outros exemplos podem ser visualizados no site do EPEA Brasil, parceiro oficial da rede científica alemã (Environmental Protection Encouragement Agency) e pioneiro em trazer o conceito Cradle to Cradle ao país.

Esta metodologia relaciona-se com o conceito de logística reversa, e demonstra que apesar dos desafios propostos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos apresenta subsídios para seu desenvolvimento. Além disso, a PNRS é o principal instrumento para colocarmos os municípios em outro patamar na gestão de cidades sustentáveis, na proteção da saúde pública e qualidade do meio ambiente. E, principalmente, no estímulo a adoção de padrões sustentáveis de produção e de consumo de bens e serviços.


Fonte: Blog Autossustentável

4 de mai. de 2014

I CONFERÊNCIA SOBRE MEIO AMBIENTE E GOVERNANÇA PÚBLICA

No período de 04 a 06 de junho, a Universidade do Estado da Bahia, através do Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável sediará a realização da I conferência MEIO AMBIENTE E GOVERNANÇA PÚBLICA, com intuito de promover debates sobre a produção agrícola sustentável no Vale do São Francisco e sua interface com os marcos legais de proteção agroambiental.
A conferência tem como escopo principal de suscitar a discussão de temas relacionados à produção orgânica, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e direito ambiental, imprescindíveis à vida humana. Tais discussões se darão através de palestras e mesas redondas com profissionais de conhecimento ímpar nas referidas áreas.


A idealização do evento nasceu diante da lacuna acerca de um debate da produção agrícola sustentável e também da legislação agroambiental por parte da população do Vale do São Francisco, em especial, da cidade de Juazeiro, já que a região é rica em diversidade e recursos naturais, mas ainda com restrições consideráveis quanto ao conhecimento e utilização efetiva da produção sustentável e das normas agroambientais.
Destarte, com a conferência, pode-se trazer à tona a consciência da importância da sustentabilidade e das normas agroambientais, discutindo a  sua aplicabilidade efetiva no seio social.
Assim, a abordagem será pautada num processo de comunicação aberta, onde todos os setores, classes e as mais diversificadas faixas etárias da população possam ser convidados para serem ouvidos e envolvidos, partindo do pressuposto de que a conscientização dos próprios interessados torna o processo de proteção ao meio ambiente algo natural e fácil de ser inserido na rotina de cada um, porém, sem deixar de lado os conhecimentos técnicos dos temas discutidos, buscando levar ao evento o que há de melhor e de mais novo  a todos os conferencistas.