30 de set. de 2015

CAERDES- Aula 02- Canais alternativos de comercialização


29 de set. de 2015

Vídeo aula - AGROECOLOGIA fundamentos e aplicação prática - Aula 01, Parte 02


28 de set. de 2015

Vídeo aula - AGROECOLOGIA fundamentos e aplicação prática - Aula 01, Parte 01


O Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (CAERDES) apresenta uma Série de vídeo aulas sobre Agroecologia que reunira conteúdo em dez títulos das principais técnicas empregadas na agricultura orgânica e agroecológica. Estas aulas objetivam contribuir para a capacitação de agricultores familiares, jovens rurais e mulheres do campo nesta área. 

Esta Série possibilitará aos educadores, pesquisadores e técnicos da extensão rural, entendimento fácil e contextualizado acerca da produção em ecossistemas modificados pela ação humana e, também, fazer uso de metodologias diversificadas como cursos, seminários e oficinas voltados para o ensino e à prática da produção agroecológica no território semiárido. 
A Série de aulas sobre Agroecologia integra os resultados do projeto Integração ensino-pesquisa-extensão em agricultura orgânica e agroecologia no sub-médio São Francisco, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e conduzido pelo Caerdes, órgão da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, vinculado ao Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais em Juazeiro-BA, cujo papel fundamental é o de desenvolver estudos e pesquisas, promover ações de extensão, realizar capacitação e fomentar nos estudantes, técnicos, empresários e agricultores o conceito de agricultura agroecológica e orgânica.
Acompanhe agora a primeira parte da aula 01, AGROECOLOGIA  fundamentos e aplicação  prática .






No Brasil, 80 mil toneladas de resíduos sólidos são descartadas de forma inadequada todos os dias



Posto de coleta para recebimento de resíduos eletrônicos
Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
Cerca de 80 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos são descartadas de forma inadequada no Brasil todos os dias, correspondendo a mais de 40% do lixo coletado. Mesmo com aumento de 6,2% ao ano do volume de resíduos dispostos de forma adequada, “esse índice tem evoluído a passos lentos, e o volume absoluto de resíduos dispostos de forma inadequada tem aumentado gradativamente”, afirma o representante do Instituto Ekos Brasil, Ricardo Scacchetti.
Para discutir o assunto, o Instituto Ekos Brasil vai reunir, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PnuD), especialistas dos setores público, privado e do terceiro setor, no Seminário de gestão de resíduos sólidos urbanos, dia 27 de agosto, em Brasília. O evento pretende debater a importância do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e o planejamento para implantação e financiamento da gestão sobre o tema.
No Brasil, “existem 1.775 lixões, e muitos deles ainda com pessoas catando materiais em condições insalubres e degradantes à dignidade humana”, explica Scacchetti.
Um modelo de gestão de resíduos sólidos urbanos eficiente deve apresentar uma relação custo-qualidade vantajosa e contribuir com a inclusão social. A política nacional de resíduos sólidos, sancionada em 2010, coloca como meta a eliminação de lixões até 2020 para cidades menores e até 2018 para cidades maiores. O prazo inicial, que era até 2014, foi descumprido pela maioria.
“Grande parte dos municípios brasileiros tem muita dificuldade nessa gestão dos resíduos, não só pela questão ambiental, mas também pelas questões de gestão propriamente ditas”, ressalta a analista de programa da unidade de desenvolvimento sustentável do PnuD, Rose Diegues.



21 de set. de 2015

21 DE SETEMBRO - DIA DA ÁRVORE



Foto: Augusto Jackson 
O Dia da Árvore é comemorado no Brasil em 21 de setembro e tem como objetivo principal a conscientização a respeito da preservação desse bem tão valioso. A data, que é diferente em outras partes do mundo, foi escolhida em razão do início da primavera, que começa no dia 23 de setembro no hemisfério Sul.

A árvore é um grande símbolo da natureza e é uma das mais importantes riquezas naturais que possuímos. As diversas espécies arbóreas existentes são fundamentais para a vida na Terra porque aumentam a umidade do ar graças à evapotranspiração, evitam erosões, produzem oxigênio no processo de fotossíntese, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para algumas espécies animais.
Além disso, entre as diversas espécies arbóreas existentes, incluem-se várias plantas frutíferas, como é o caso da mangueira, limoeiro, goiabeira, abacateiro, pessegueiro e laranjeira.

Além de produzirem alimento, as árvores também possuem outras aplicações econômicas. A madeira por elas produzidas serve como matéria-prima para a criação de móveis e até mesmo casas. A celulose extraída dessas plantas, principalmente pinheiros e eucaliptos, é fundamental para a fabricação de papel. Além disso, algumas espécies apresentam aplicabilidade na indústria farmacêutica por possuírem importantes compostos.
Em virtude da grande quantidade de utilizações e da expansão urbana, as árvores são constantemente exterminadas, o que resulta em grandes áreas desmatadas. 

O desmatamento afeta diretamente a vida de toda a população, que passa a enfrentar erosões, assoreamento de rios, redução do regime de chuvas e da umidade relativa do ar, desertificação e perda de biodiversidade.
Sendo assim, o dia 21 de setembro deve ser visto como um dia de reflexão sobre nossas atitudes em relação a essa importante riqueza natural. Esse dia é muito mais do que o ato simbólico de plantar uma árvore e deve ser encarado como um momento de mudança de postura e conscientização de que nossos atos afetam as gerações futuras. É importante também haver conscientização a respeito da importância da conservação, bem como da necessidade de criação de políticas públicas que combatam a exploração ilegal de árvores.
Curiosidades:
- Cada região do nosso país possui uma árvore símbolo diferente. Observe:
Árvore símbolo da região Norte – castanheira;
Árvore símbolo da região Nordeste – carnaúba;
Árvore símbolo da região Centro-Oeste – ipê amarelo;
Árvore símbolo da região Sudeste – pau-brasil;
Árvore símbolo da região Sul – araucária.
- No Dia 21 de março é comemorado o dia Mundial da Árvore.


Texto retirado originalmente de Brasil Escola  
Por Ma. Vanessa dos Santos

15 de set. de 2015

Programa Globo Repórter exibido no dia 14.08.2015 com tema produção orgânica.

Programa  Globo Repórter exibido no dia 14.08.2015 com tema produção orgânica.

CAERDES PRODUZ SÉRIE DE CARTILHAS EDUCATIVAS SOBRE AGROECOLOGIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


Com o objetivo de alertar a sociedade a respeito da sustentabilidade e das questões ambientais, o CAERDES - Centro de Agroecologia Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável - vai lançar duas séries de cartilhas educativas. A série 1 – “Agroecologia” – possui 10 volumes e aborda temas que vão desde os fundamentos agroecológicos e suas práticas até a formulação de defensivos naturais. A série 2, “Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável” possui 3 volumes: Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Resíduos Sólidos. O material foi produzido pelo Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo e pelos bolsistas do CAERDES.

As cartilhas possuem uma linguagem simplificada e sucinta, para que as informações sejam acessíveis e compreendidas por todos. “Além da difusão do conhecimento, queremos que essas informações saltem os muros da universidade”, declara a estudante de Direito e bolsista do CAERDES, Kallinca Artuso.

Através de pesquisas, leitura e processos de edição, o material estava sendo produzido desde janeiro desse ano. Os exemplares serão distribuídos em várias instituições, dentre elas: universidades, instituições de apoio ao meio ambiente, órgãos públicos e comunidade. “É um conhecimento que nos enriquece e presta um serviço à sociedade”, afirma Kallinca. 

Texto e fotos: Mirielle Cajuhy

(Estagiária em Assessoria de Comunicação)

Bioinformática ajuda a identificar doenças em bananas


Foto: Nadir Rodrigues

Pesquisadores estão utilizando ferramentas de bioinformática para estudar uma nova estirpe do fungo Fusarium que está atacando a variedade mais popular de bananas, a Cavendish, também conhecida como banana d'água ou nanica. A raça tropical 4, ou TR4, é considerada a principal ameaça à produção mundial de bananas. Conhecida como doença do Panamá, já gerou perdas de US$ 134 milhões aos exportadores de banana da Indonésia, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A Universidade de Wageningen, na Holanda, é responsável por um programa denominado "Panama Disease" <
http://panamadisease.org/>, no qual realiza pesquisas para identificação da doença com o objetivo de ajudar a controlá-la. Gert Kema, líder do grupo de pesquisa de banana da Wageningen UR, na Holanda, esteve na Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), onde proferiu a palestra "Detecção, identificação e epidemiologia da Fusarium oxysporum f. sp. cubense, raça tropical 4".

O grupo liderado pelo cientista realizou a montagem do genoma do Fusarium usando reads de PacBio, uma avançada técnica de sequenciamento de DNA que produz fragmentos (reads) mais longos, o que facilita a montagem de genomas. Além disso, a equipe do Laboratório Multiusuário de Bioinformática da Embrapa, sediada na Embrapa Informática Agropecuária, realizou a montagem do transcriptoma das quatro raças do fungo: R1, R2, ST4 e TR4. O transcriptoma é o conjunto completo de transcritos de um organismo. O cruzamento dos dados do genoma e do transcriptoma pode gerar informações relevantes para a compreensão do fungo.

"Nós fizemos um trabalho de análise de expressão dessas quatro raças, comparando-as. Agora os pesquisadores da Universidade de Wageningen estão tentando compreender melhor a biologia relativa à virulência do fungo, descobrir outros marcadores moleculares e talvez fornecer ferramentas que auxiliem nas medidas de controle", explicou o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária Michel Eduardo Beleza Yamagishi. Durante a palestra em Campinas, o cientista demonstrou os principais resultados já obtidos e alertou sobre os cuidados necessários para evitar a disseminação da doença.

O Fusarium se espalha rapidamente pelo solo ou pela água. Com a contaminação do solo, uma área afetada pode ficar improdutiva para a produção de bananas por até três décadas. Kema falou sobre os riscos e a importância de se adotar procedimentos adequados para quarentena e, para isso, são usados marcadores moleculares. Os cientistas querem diminuir os impactos econômicos da doença que causam insegurança alimentar, especialmente nos países em desenvolvimento. O fungo atualmente está afetando a produção de bananas na China, nas Filipinas e Moçambique, entre outros países, mas o Brasil está livre dessa raça do Fusarium até o momento.

É fundamental unir esforços com outras instituições, como a Embrapa, para estudar a doença e adotar formas mais eficazes de controle, de acordo com Kema. "É muito importante estabelecer uma colaboração ativa entre a academia, os institutos e as empresas. E, além disso, estimular o desenvolvimento de programas de pesquisa usando tecnologia de ponta", ressaltou. Os estudos de genômica e as ferramentas de bioinformática estão ajudando os cientistas no trabalho de combate à disseminação desse fungo. O mercado de bananas mundial é estimado em US$ 36 bilhões e é fonte de renda para 400 milhões de pessoas, conforme a FAO.
Fonte: Embrapa 
Disponível originalmente em:  https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/4654050/bioinformatica-ajuda-a-identificar-doencas-em-bananas 

10 de set. de 2015

IDEOLOGIAS SÃO RAZÕES PARA VIVER!

Por: Jairton Fraga Araújo
Coordenador do Caerdes

Vivemos tempos de profunda desideologização. Para muitos certamente, algo muito positivo, porque associam ideologia a uma construção exclusivamente político-econômica do século XX, que se revelou um desastre com relação aos direitos fundamentais da pessoa humana – a experiência bolchevique da Rússia, Albânia, Alemanha Oriental e do leste Europeu como também do maoísmo da china e seus satélites na Ásia, ou mais próximo de nós a experiência híbrida de cuba. Em verdade, tal interpretação é uma forma reducionista de entender os graves conflitos da civilização moderna na tentativa de elaborar e experenciar formas de poder que resolvam os problemas da desigualdade social, política, cultural, tecnológica, econômica e da desatenção absoluta com os recursos naturais do planeta. As experiências mal sucedidas do socialismo real, causaram enorme desencanto na juventude de todo o mundo na medida em que para os mesmos à ideologia acima de tudo, é a busca por uma razão para se viver. E é exatamente sobre isso, sobre as muitas razões pelas quais se pode e deve cultivar ideologias, que precisamos discorrer. Amar e ser amado! Cultivar a paz! Proteger os mais fracos! Estimular a Ciência! Conservar o meio-ambiente! Enfim, há uma gama infindável de razões pelas quais devemos viver e proclamar a necessidade de ideologias. A falta de ideologias no mundo contemporâneo revela-se um dos fatores que mais tem concorrendo para o aprofundamento da banalização da ausência de razões pelas quais se deve promover a VIDA em sua plenitude.



Busca-se com sofreguidão as drogas como paliativo ou como ansiolítico para as adversidades da vida moderna, com seus complexos roteiros. Quando se destrói as razões pelas quais se deve viver, então não há nada, pelo que lutar. Contrariando o senso comum que se instalou nas últimas décadas, com a pasteurização da política como prática de enriquecimento ilícito e de apropriação de estado, da violência das máfias organizadas e das drogas,bem como da violência política de Estados, da massificação da estupidez pela televisão ou via internet tudo isso, nos remete a uma reflexão acerca dos rumos que estamos oferecendo ao futuro da humanidade. Tais fatos, afetam duramente nossa crença no antropocentrismo – pois, a alma humana, nunca necessitou tanto de utopias para viver com razões.  Certamente, muitos se contentam com as explicações criacionistas, que de modo algum se contrapõe à busca sociológica pelas causas e razões para compreensão da natureza humana e de seus desafios para viver em aldeia. Nossa longa jornada, não pode ser revelar, um apenas satisfazer material do sensório, há algo maior, pelo qual se deve viver, amar, progredir, conservar, cuidar e desejar atingir. Ainda na tenra infância fui invadido por um sentimento de que a vida só teria sentido se houvesse um objetivo maior a ser atingido, não importando se para tal, o desforço empreendido pudesse me frustrar muitas vezes, ou muitas vezes a tristeza assaltasse meu espírito e me afogasse em incertezas. Apesar de tudo e por tudo, quando muitos do inicio abandonaram a esperança ou a tenham transformado em mercadoria, contrariando tudo pelo qual sempre lutamos e desejamos, procurei manter-me coerente, perseverando e buscando compreender as inconstâncias e fraquezas humanas pela certeza que o homem não viverá sobre a terra sem IDEOLOGIAS. Assim, é preciso reafirmar que não haverá um mundo socialmente justo, moralmente evoluído sem que as boas ideologias vençam o egoísmo, a desesperança e por fim destrua o materialismo. 

4 de set. de 2015

Agroecologia e agricultura orgânica. O que são? E o que não são?

Por: Jairton Fraga  Araújo
Coordenador do Caerdes



Bem, sobre certas coisas é relativamente fácil discorrer! Agroecologia de forma muito simples é o estudo dos agroecossistemas sob o enfoque ecológico, e apresenta distintas interpretações. Por outro lado, a agricultura orgânica, pode ser perfeitamente compreendida em seu artigo 1° da “lei dos orgânicos” (lei 10.831 de dezembro 2003), que é seu marco legal, e a define claramente. Curiosamente, ouço com muita ênfase o debate que se dá no interior dos movimentos de agricultura “alternativa”. Sim, usei propositalmente a expressão “alternativa” para simbolizar que tanto agroecologia, quanto agricultura orgânica, podem ser adequadamente representadas por aquela expressão. Antecipo que não estou propondo algo, tão somente e de forma muito simples, recuso-me à uma discussão entre defensores de uma, ou  de outra “visão” e coloco-me na condição de quem compreende o “saber” e o “fazer” e fica ao lado de uma afirmação que não busque desqualificar uma, em detrimento da outra, em especial, quando se tenta colocar agroecologia como ciência  e a agricultura orgânica como sub-sistema da agricultura ou um sistema de produção alternativo.

Novamente, percebe-se muito mais, uma, necessidade de ideologizar-se a discussão do que  sinais evidentes de diferenças, salvo, quanto à natureza do sistema capitalista em melhor apropriar-se do denominado produto “orgânico certificado”, por fatores associados a nosso ver ao: acesso à informação de mercado, comercialização, tecnologias, e organização dos produtores. Bem, o produto agroecológico também pode ser dessa maneira definido, basta verificar os produtos oriundos da floresta e colocados no “demônio” –MERCADO por populações tradicionais. Pois é, em ambas situações, precisamos do mercado, de qualificar os produtos, de buscar canais de comercialização e de vender com lucro (”mais valia”) para poder responder ao desafio de justificar aquela atividade econômica para os que a fazem, com geração de emprego e renda. Claro, alguém vai afirmar que na agricultura orgânica não há limites para escala de produção, enquanto o produto agroecológico é oriundo sempre ou em sua esmagadora maioria de pequenos agricultores familiares e por vezes por pequenas empresas (cooperativas) que objetivam o lucro social. Perfeito, o ideal é que predominasse essa forma de produção e de organização sócio-economica, ou que, não houvesse monocultura entre outros aspectos, contudo, no mundo real as coisas acontecem sem padrões rígidos de análise, mormente os ideológicos.

Entretanto, não creio ser a escala e nem a natureza da produção o problema crucial! Mas a falta de concorrência entre os produtores de tais produtos, o que acaba contribuindo para o elevado valor unitário dos mesmos (tanto orgânico quanto agroecológico).

É necessário articular a produção local para que repercuta sobre a regional a nacional e sobre o produto que vai para exportação.  Em ambos sistemas, os produtos podem e devem ser, sem prejuízo da segurança alimentar do país, exportados. Por outro lado, não vejo contribuição importante ao avanço da produção segura de alimentos, com a discussão político-ideológica, como mero embate de posições.  Podemos resolver os conflitos das desigualdades econômicas entre nações e continentes, com políticas publicas de valorização da agricultura ecológica.

Creio que as “duas” (se é, que assim cabe colocar!) são constituídas com forte preocupação agronômica, sociológica, econômica, ecológica e cultural. Não as vejo dependentes de preceitos estranhos e de princípios fundamentais que não copiados e em harmonia com a natureza. Entendo-as, como socialmente apropriáveis e culturalmente defensáveis, pois não só erigem o homem como ser fundamental, mas, sobretudo pondera a sua cultura, valores, saberes, ética e forma de produção da existência.

Não dá mais para tentar reconstruir o muro de Berlim, erguer barreiras ao diálogo inter, pluri, multi e transdiciplinar.  É hora de fortalecer a saúde do planeta e das pessoas, com práticas e comportamento saudáveis.

Agroecologia ou agricultura orgânica, biodinâmica, natural, permacultura, regenerativa, alternativa ou biológica, enfim, como se queira identificar? O importante é integrar criticamente a ECONOMIA - SOCIEDADE – NATUREZA, numa onda de saberes e fazeres que reedite o sonho do homem integral, livre e liberto, na natureza e em perfeita harmonia e integração com as demais formas de vida do planeta. 

2 de set. de 2015

Energia eólica revolucionada: geradores sem hélices

Os imensos cata-ventos usados para gerar energia, podem, em breve, ser coisa do passado. A Vortex Bladeless, empresa espanhola na origem, mas de coração cosmopolita, desenhou um sistema de geração de energia a partir da movimentação do ar que é totalmente revolucionário. 

A vorticidade, um fenômeno visto como causador de problemas para engenheiros e arquitetos, pois pode desestabilizar construções, tornou-se a solução aproveitada pelos castelhanos criativos. Eles criaram uma estrutura vertical em forma de cone que permitem a circulação dos vórtices de forma sincrônica.
Ao invés de absorver a energia que movimenta as hélices para gerar energia elétrica, os engenheiros aproveitaram o fenômeno aerodinâmico da vorticidade. “Nessa teoria, o vento que flui ao redor de um objeto produz pequenos vórtices, suficientes para uma estrutura fixa oscilar e entrar em ressonância com a corrente de ar.”, informa o BlogAEC de onde retirei as informações.
Os dois modelos criados foram batizados como Vortex Mini (uso doméstico) e Vortex Gran (uso industrial). A garantia é de que sejam eficientes, sustentáveis e econômicos quando fabricados.
O equipamento é feito com materiais leves e resistentes – usa fibra de carbono e de vidro –, assim, as agitações são maximizadas e, consequentemente, gera-se mais energia. Na base das turbinas, dois ímãs funcionam como motores, e à medida que as oscilações ocorrem, eles se repelem e movem o mastro de um lado para o outro, o que intensifica o movimento. A energia cinética é convertida em energia elétrica por um alternador, que também multiplica a frequência de vibração do objeto.


Vantagens
“As vantagens do Vortex Mini e do Vortex Gran são diversas. Segundo a empresa Vortex Bladeless, o fato de não possuírem componentes mecânicos barateia a fabricação em pelo menos 51%, em comparação aos modelos convencionais. Com isso, minimiza-se em até 40% a pegada de carbono (a quantidade de gás gerada na produção). Além disso, a ausência de engrenagens, parafusos e partes móveis, que são facilmente desgastadas, reduz em 80% os custos com a manutenção.”, acrescenta o BlogAEC.
Mesmo com uma absorção 30% menor de vento que os equipamentos de pás, a compensação vem pela possibilidade da instalação de um mais geradores em um mesmo espaço, pois podem ser instaladas próximas uma das outras. Representam risco inferior aos pássaros e são silenciosas, o que representa um ganho enorme para a manutenção da biodiversidade. 

 A fase de testes já obteve um financiamento de um milhão de dólares vindos de investimentos públicos e privados espanhóis. Até o final de 2015, a Vortex pretende colocar as usinas à venda no mercado.

Texto publicado originalmente em: Revista Ecológica