29 de out. de 2014

TORRE FEITA DE BAMBU TRANSFORMA UMIDADE DO AR EM ÁGUA POTÁVEL

Fonte: Hypeness

Você já sabe que a água é cerca de 70% do corpo humano. E que a população mundial cresce ano após ano, aumentando a demanda por recursos naturais. E que os efeitos do aquecimento global vêm sendo percebidos em vários locais do planeta. Isso sem contar regiões onde a água sempre foi um bem escasso.

                                               
Dada essa equação, criar novas fontes de água doce é uma questão que está na ordem do dia. E o WarkaWater é prova viva daquele famoso provérbio que diz que “a necessidade é a mãe da invenção”. Criado pelo arquiteto italiano Arturo Vittori, o WarkaWater é uma torre que capta o vapor da atmosfera e o transforma em água potável. Mas se engana quem está imaginando altas cifras e tecnologia de ponta.

A torre é construída sobre uma base feita em bambu ou talos de junco. Na parte interna, é forrada por uma malha plástica. Fibras de nylon e polipropileno captam gotículas de orvalho e, ao escorrer, a água fica armazenada em uma bacia na parte inferior da torre. Completando o conjunto, uma coroa de pequenos espelhos ajuda a manter as aves distantes para evitar contaminações.



A estrutura mede cerca de 9 metros, pesa em torno de 90 quilos e é toda modular, não sendo necessários andaimes ou equipamentos elétricos para colocá-la de pé. A estimativa é de que consiga coletar até 100 litros de água por dia. 

Em 2015, um protótipo do WarkaWater será levado à Etiópia. Se por um lado a escala ainda é reduzida, o projeto serve de piloto para mais iniciativas inovadoras e sustentáveis assim.

Conheça uma iniciativa semelhante criada por um engenheiro brasileiro.

27 de out. de 2014

CONHEÇA CINCO TECNOLOGIAS PARA ENFRENTAR A ESCASSEZ DE ÁGUA NO MUNDO

Fonte: ZH Planeta Ciência / Texto: Luísa Martins
Dizem que o Brasil é um país privilegiado: detém 13% do recurso natural mais precioso da Terra, a água doce. Ironicamente, sua a maior cidade (também a maior da América do Sul), São Paulo, está tendo que pedir ajuda do amigo São Pedro para não morrer de sede até o fim do ano. Se a chuva não vier de presente, aumentando o quase zerado nível do Sistema Cantareira, o racionamento – já recomendado pelo Ministério Público Federal e pela Agência Nacional das Águas – vai ser a única alternativa para garantir o abastecimento a mais de 8 milhões de pessoas na capital paulista e em outras 10 cidades da região metropolitana.
O país tem água de monte. O que não é equilibrado é a distribuição: onde há menos gente, há mais oferta – Amazônia, por exemplo. Enquanto isso, grandes centros urbanos, como São Paulo, dispõem de menos recursos hídricos para deixar rolar o líquido de torneiras, duchas e mangueiras.
"Menos" não significaria escassez caso as águas do Brasil não sofressem de um mal secular: a poluição. Fosse diferente, não seria preciso rezar pela chuva nem cogitar – mediante tecnologias caras – tornar potável a água salgada, que corresponde a 97% do líquido disponível na Terra.
– O Rio Tietê, por exemplo: está podre. Aquela água toda serviria para São Paulo, mas não pode ser utilizada – lamenta o coordenador do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS), André Silveira.
Os efeitos da poluição comprometem o título que a América do Sul carrega de continente mais rico do planeta em recursos hídricos, segundo a ONU e o Banco Mundial. Em uma perspectiva econômica, custa menos puxar água limpa de longe do que investir no tratamento da água de um rio sujo como o Tietê, afirma o professor Silveira. E a situação está longe de ser exclusiva do mais importante rio paulista. No Rio Grande do Sul, as bacias dos rios dos Sinos e Gravataí, além do próprio Arroio Dilúvio, estão andando pelo mesmo caminho.
A ciência tem trabalhado para curar as doenças dos rios (veja algumas propostas no infográfico abaixo), na contramão da ação do homem, que insiste em não preservar seus mananciais, possivelmente por conta da abundância. Afinal, se tem de sobra, por que cuidar?
– Uma água já preservada na origem torna-se potável muito mais facilmente e de forma mais barata – justifica Silveira, que vê descompasso entre investimento em saneamento e crescimento populacional no país: água até sobra, mas o planejamento falha.
– O problema do Brasil, no fim das contas, é de gestão – resume.
O diretor-presidente da Agência Nacional das Águas (ANA), Vicente Andreu, afirma que, embora 97% da população urbana do país tenha acesso à rede de abastecimento, há irregularidade no fornecimento e má qualidade da água. Exemplo: no máximo 20% do esgoto coletado recebe tratamento – o resto é lançado nos corpos d'água. Até 2025, metade dos municípios brasileiros pode ter prejuízos nos seus mananciais, reservatórios, rios e águas subterrâneas.
– A água não tem a relevância que merece, seja na tomada de decisões, seja em questões pequenas, como os hábitos pessoais – opina Silveira.
Infográfico: Paula Castro / Especial


A agenda de cada um

Frente a um cenário preocupante, são necessários alguns passos para garantir o abastecimento de água no futuro. O mais fundamental deles é ampliar a prática do reúso de água.
– Os desperdícios são enormes em todos os segmentos: nas grandes empresas, na agricultura e nas residências – enumera o engenheiro agrônomo, ex-secretário de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo e coordenador de Articulação e Comunicação da Agência Nacional das Águas, Antônio Félix Domingues.
Articular a engenharia hídrica com a arquitetura pode ser uma boa saída para o reaproveitamento. Um exemplo é a instalação de calhas para coleta de chuva – uma água que, embora não sirva para beber, tomar banho ou cozinhar, pode ser usada para regar a horta, limpar pisos e lavar carros.
– Usar água tratada para essas atividades é o símbolo do mau uso – diz a professora Adriene Pereira, da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), especialista em recursos hídricos.
Ela defende que, assim como a Eco-92 estabeleceu uma agenda mundial – a Agenda 21 – para proteção da qualidade dos recursos de água doce em escala global, é preciso que cada um pense em sua própria realidade e estabeleça uma agenda pessoal de consumo consciente. A começar pelas dicas básicas: desligar o chuveiro enquanto se ensaboa e escovar os dentes com a torneira desligada.
Além disso, atenção (de novo) ao descarte de resíduos contaminantes nas águas.
– A água é o receptor universal dos poluentes. É para onde toda a gororoba vai. Isso pode começar a ser revertido se as pessoas passarem a, além de evitar o desperdício, dar destino certo ao seu próprio lixo – explica Adriene. 

23 de out. de 2014

BOLSISTA DO CAERDES RECEBE PRÊMIO NA XVIII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNEB


De 14 a 16 de outubro aconteceu no campus I em Salvador, a XVIII Jornada de Inicação Científica da Universidade do Estado da Bahia. Com o tema "Um olhar para o futuro", a Jornada recebeu estudantes de todos os campi da Uneb, visando a troca de conhecimento a respeito das produções científicas realizadas dentro da Universidade. Do DTCS campus III, Juazeiro (Bahia) foram apresentados 40 trabalhos na área de Ciências Agrárias. Entre os três primeiros colocados, está um dos experimentos desenvolvidos nas áreas do CAERDES: "Desempenho Agronômico de Cultivares de Quiabeiro sob Cultivo Orgânico". 

O trabalho está sendo densenvolvido pela bolsista Natali Moura e pelo Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo desde dezembro de 2013. Foram analisadas três variedades de quiabo, entretanto, uma delas apresentou maior produtividade sob cultivo orgânico em menor espaço de tempo - a variedade Mauá. Além disso, os frutos apresentaram tamanho e qualidade adequados para comercialização. 

Voltado para a pequena agricultura, o experimento desenvolvido tem uma grande importância na região do Vale do São Francisco. "Devido as características do quiabeiro, que é uma cultura considerada rústica, pôde-se perceber que é possível obter altas produtividades sob cultivo orgânico e voltadas para o pequeno produtor. É bastante rentável", afirma Natali. 

Entretanto, não é a primeira vez que Natalie apresenta trabalho em uma Jornada Científica. Este é o terceiro ano que ela participa, porém, o primeiro em que fica entre as três primeiras colocações. A bolsista diz ter ficado muito satisfeita com o terceiro lugar. "É muito gratificante. Primeiramente, pelo reconhecimento. Depois, pelo fato de estar trabalhando e focando nos pequenos agricultores, na agricultura familiar", declara. 

A premiação recebida da Jornada Científica inclui uma viagem para a 67ª Reunião Anual da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Os ganhadores irão apresentar suas pesquisas nesse evento que acontecerá na UFSCar - Universidade Federal de São Carlos - em julho de 2015. 

Texto e foto: Mirielle Cajuhy
(Estagiária em Assessoria de Comunicação)






18 de out. de 2014

SEGUNDO DIA DO CURSO DE AGROECOLOGIA E AGRICULTURA ORGÂNICA TRAZ TEMA DOS CANAIS ALTERNATIVOS DE COMERCIALIZAÇÃO


Está acontecendo hoje no CAERDES o segundo dia do Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica. O curso, que conta com a presença de 40 estudantes de Engenharia Agronômica da Uneb, tem o objetivo de conscientizar e ensinar as diversas possibilidades que existem na  produção sustentável de alimentos. Com o tema "Canais alternativos de mercado e comercialização - realidades e tendências", o Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo trouxe para sala de aula conteúdos que abrangem o cenário local, nacional e mundial. 



Para conhecer melhor o assunto e ver como o CAERDES funciona dentro dessa perspectiva, o Professor Jairton levou os alunos para as áreas experimentais e de produção do Centro. Atualmente são desenvolvidas 12 culturas orgânicas - goiaba, macaxeira, banana, feijão, abóbora, milho, mamão, palma, tomate, cebola, quiabo e batata-doce.  




A iniciativa do curso é do projeto “Integração, Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica no Submédio São Francisco” em parceria com o Diretório Acadêmico de Engenharia Agronômica da UNEB. Os próximos dias de curso serão: 02, 08 e 21 de novembro, nos horários de 8h a 12h e de 14h a 18h. É necessário, no mínimo, a presença em 80% da carga horária total - 40 horas - para a obtenção do certificado. 

Texto e fotos: Mirielle Cajuhy

(Estagiária em Assessoria de Comunicação)

15 de out. de 2014

OFICINA PROMOVIDA PELO CAERDES MOSTRA COMO O PÓ DE ROCHA PODE BENEFICIAR A AGRICULTURA

Acontecerá hoje no auditório do Memorial de Canudos, a Oficina de utilização de pó de rocha na Agricultura. A iniciativa é do CAERDES e propõe mostrar para os agricultores da cidade, como o uso do pó de rocha pode ser um melhorador do solo e substituto dos químicos industriais. A parte teórica começa às 8h, com um intervalo ao meio-dia. Já as práticas de campo, têm início às 14h e vão até às 16h. São 40 agricultores inscritos e quem irá ministrar os conteúdos é o bolsista Carlos Diogo Medeiros. 

A atividade faz parte de uma série de oficinas que são promovidas pelo CAERDES. Ao todo, são 13 cartilhas produzidas pelo Centro e que propõem práticas ecológicas e sustentáveis para a Agricultura. Acontecem uma vez por semana - às quartas-feiras - no município de Canudos. Esta oficina já é a quarta, sendo as anteriores: Princípios Teóricos da Agroecologia, Canais Alternativos de Comercialização e Manejo Ecológico do Solo e da Água. 

"Já existe pó de rocha comercial, que nfelizmente, não é difundido pela mídia. Mas, sabendo manejar, funciona", afirma o bolsista Carlos Diogo Medeiros. Ele também declara que foi importante ter inciado as oficinas pela parte teórica, pois fornece embasamento. Ensinar a respeito dos canais alternativos de comercialização e sobre o manejo ecológico, segundo Diogo, também é fundamental. "Temos que mostrar para eles que têm saída e que o retorno financeiro é maior do que o convencional", disse. "O manejo adequado do solo e da água é muito relevante, pois são os maiores bens do agricultor", completa. 

Texto: Mirielle Cajuhy
(Estagiária em Assessoria de Comunicação)

14 de out. de 2014

BOLSISTAS DO CAERDES APRESENTAM TRABALHOS NA XVIII JORNADA CIENTÍFICA




Começa hoje no campus I em Salvador a XVIII Jornada de Iniciação Científica da Universidade do Estado da Bahia. O evento tem o objetivo de promover o conhecimento a respeito das pesquisas realizadas pelos bolsistas de Iniciação Científica. Do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do campus III de Juazeiro (BA), foram inscritos 45 trabalhos na área de Ciências Agrárias e Biológicas.

Dentre esses trabalhos, dois são desenvolvidos no CAERDES. Os trabalhos que serão apresentados pelos bolsistas Gilmário Noberto e Natali Moura são respectivamente: Utilização de biofertilizantes líquidos na produção de milho verde e Desempenho Agronômico de variedades de quiabeiro produzidas sob cultivo orgânico e irrigado no Submédio São Francisco.

A Jornada acontecerá até quinta-feira (16). Confira a programação e a relação das apresentações. Mais informações no site: http://www.ppg.uneb.br/

Confira também os artigos produzidos e que serão apresentados pelos bolsistas do CAERDES:



Texto: Mirielle Cajuhy - com informações do Blog do DTCS
(Estagiária em Assessoria de Comunicação)

13 de out. de 2014

NOVO PRESIDENTE DEVERÁ ENFATIZAR MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Uma política de mudanças climáticas responsável e eficiente deveria ser o foco principal dos candidatos a presidente. A razão é a abrangência do tema que envolve pontos nevrálgicos de qualquer regulação ambiental. Entre eles, o desmatamento de nossas florestas, a emissão de gases poluentes e do efeito estufa, urbanização intensiva, resíduos sólidos, saneamento básico e poluição hídrica.

Não ao retrocesso ambiental

Por muitos anos, a legislação ambiental do Brasil teve posição de vanguarda.

A adoção do princípio da responsabilidade civil objetiva do poluidor (obrigação de reparar o dano independentemente de culpa do poluidor) data de 1981.

Enquanto a Alemanha ainda discutia a legitimidade processual dos lobos-do-mar do Mar do Norte em ações judiciais, desde 1985 o Brasil contava com o instituto da ação civil pública, legitimando extraordinariamente o Ministério Público, o Estado e as ONGs a promoverem a defesa do meio ambiente em juízo.

Em 1988, fomos muito além de qualquer outro país do planeta na defesa constitucional do meio ambiente, prevendo a responsabilidade penal da empresa poluidora, a educação ambiental em todos os níveis de ensino, a proibição de práticas cruéis contra os animais, a obrigatoriedade de criação de Unidades de Conservação e muito mais.

Em 1992, sediamos a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocasião em que foram assinadas as duas mais importantes convenções internacionais sobre meio ambiente: a Convenção de Diversidade Biológica e a Convenção de Mudanças Climáticas.

Estes diplomas e as leis editadas na década de 1990 (Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos, primeira Lei de Biossegurança) fizeram do Direito Ambiental Brasileiro um modelo a ser seguido pelo resto do planeta.

No entanto, este quadro promissor foi ofuscado nos últimos anos por gravíssimos retrocessos, dentre os quais o novo Código Florestal - símbolo maior da impunidade dos degradadores.

Em 2007, cientistas reunidos no Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas, apontaram evidências de que a principal causa das mudanças do clima é, efetivamente, a ação do homem no planeta.

O que esperamos da nova Presidência da República é que reverta urgentemente esta tendência deplorável recente e assuma as responsabilidades impostas pelo atual momento histórico pelo qual passa o planeta.

Por uma posição de liderança na área ambiental

As alterações do clima no planeta, decorrentes da atividade humana, impõem a adoção de uma conduta responsável na ordem econômica efetivamente comprometida com os direitos das futuras gerações.

Compartilhamos com o prof. Fernando C. Walcacer, da Faculdade de Direito da PUC-Rio, as esperanças de que "a nova Presidência assuma um papel de liderança na área das mudanças climáticas, não só no país mas no planeta, assumindo compromissos efetivos com o desenvolvimento sustentável que garantam um mínimo de qualidade de vida às gerações futuras".

Esta também é a visão é de Vladimir Passos de Freitas, professor da PUC-PR, que igualmente manifesta preocupação com o tema e espera da nova presidência da República "que na área ambiental torne o Plano Nacional sobre Mudança do Clima uma realidade".

Será necessário repensar a política agropecuária e as matrizes energéticas, adotando modelos sustentáveis de produção e consumo. Será preciso dialogar com os setores que há cinco séculos defendem a monocultura e a pecuária extensiva e que enxergam na proteção da biodiversidade um entrave para o lucro empresarial. Será imprescindível responder às exigências dos conglomerados urbanos e evoluir nas áreas do saneamento básico e de resíduos sólidos.

Como muito bem ressalta Márcia Dieguez Leuzinger, presidente do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública e professora de Direito Ambiental da UNICEUB-DF, "(...) a inércia em implementar políticas de adaptação às mudanças climáticas oferece um panorama negativo do atual governo. Diante desse quadro, espero que o próximo Presidente da República seja sensível à questão ambiental e incorpore, definitivamente, na agenda política interna, não apenas a discussão sobre os problemas afetos ao meio ambiente, mas principalmente a formulação e implementação de políticas ambientais transversais, que permeiem toda a Administração Pública, e que sejam capazes de nos preparar para enfrentar as graves consequências ambientais causadas pelas ações irresponsáveis de seus antecessores".

Chegamos a um ponto de inflexão. O que está em jogo é a sobrevivência da humanidade. A luta pela água e o enfrentamento da questão relativa aos refugiados ambientais serão constantes cada vez mais marcantes nos próximos anos e décadas.

Espera-se, assim, que em todos os setores da economia esteja presente uma análise sob a perspectiva de uma Política Nacional de Mudanças Climáticas responsável e que, por ocasião da COP 21 (Paris/2015), o Brasil assuma a liderança no novo acordo global de redução da emissão de gases de efeito estufa.

Confira a matéria na íntegra através deste endereço:
Por: Guilherme José Purvin de Figueiredo/ O eco

11 de out. de 2014

COMEÇA O II CURSO DE EXTENSÃO EM AGROECOLOGIA E AGRICULTURA ORGÂNICA NO CAERDES



Cerca de 40 estudantes do curso de Engenharia Agronômica da UNEB, compareceram hoje
ao Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (CAERDES). Com o objetivo de ampliar o conhecimento a respeito da produção sustentável de alimentos, eles permaneceram atentos à fala do Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo, que abordou temas como Ética e Ecologia nesse primeiro dia de curso.

O estudante Márcio Luiz Santana está no 5º período de Engenharia Agronômica e diz ter tomado conhecimento do curso através de alguns colegas do CAERDES. Ele também afirma que ainda não teve muito contato com o tema, mas que gostou do que viu até agora. “Está no início ainda. Mas o conhecimento do professor vem a calhar. Acrescenta muito para nós estudantes de Agronomia”, disse.

"Esse conhecimento vem a calhar". Márcio Luiz Santana,
estudante do 5º período de Engenharia Agronômica.

Entretanto, o II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica não é só para veteranos. Rayla Mirele Passos está no 1º período de graduação, e fala que se interessa pela área laboratorial, porém, não pretende ficar restrita. “Preciso conhecer outras partes da Agronomia e procurar adquirir base também para outras possibilidades”.

Rayla Mirele Passos, estudante do 1º período.
"É uma boa base para quando estivermos avançados na nossa graduação".

Um dos organizadores do curso é o estudante do 6º período de Engenharia Agronômica e bolsista do CAERDES, Saullo Melo. Segundo ele, a Agroecologia não é apenas uma teoria, mas sim, uma filosofia. Os conteúdos ministrados abordam também as práticas agroecológicas, dentre as quais, está a Agricultura Orgânica. “Vamos apresentar os trabalhos dos bolsistas, os experimentos em campo, linhas de produções e mostraremos como eles podem fazer a Agricultura Orgânica, desde o manejo dos solos até a colheita”, afirma.

O II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica é uma iniciativa do projeto “Integração, Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica no Submédio São Francisco” juntamente com o Diretório Acadêmico de Engenharia Agronômica da UNEB. Os próximos dias de curso são: 18 de outubro e 02, 08 e 21 de novembro, nos horários de 8h a 12h e de 14h a 18h. A carga horária total é de 40 horas, sendo necessária presença em, no mínimo, 80% das aulas para a obtenção do certificado.  

Parte dos alunos do curso reunidos na hora do intervalo 


Texto e fotos: Mirielle Cajuhy
(Estagiária em Assessoria de Comunicação) 


10 de out. de 2014

ESTUDANTES DO 2º ANO DE AGRICULTURA DO CETEP FAZEM VISITA AO CAERDES


Os alunos de Agricultura do Centro Territorial de Educação Profissional do Vale do São Francisco (CETEP SF) visitaram na manhã de hoje o CAERDES. Das 10h às 11:30h, eles percorreram as áreas experimentais do Centro para conhecer mais as pesquisas que estão sendo desenvolvidas na área de Agroecologia e Agricultura Orgânica.

“Lá na escola nós vemos as coisas, mas em pouca escala. Já aqui é muito diversificado, e tudo o que eu vejo na parte teórica, aqui eu vejo na prática”, afirmou o estudante Jefferson de Senna a respeito da experiência da visita e do contato com as práticas da produção de alimentos orgânicos.

A Profª Drª Rosana Lúcia Machado acredita que esses momentos são importantes para que o conhecimento adquirido em sala de aula seja consolidado. “Eles veem que os assuntos cobrados na escola não são passageiros, são coisas que podem ser utilizadas no dia-a-dia, para a melhoria de vida deles e de outras pessoas”, afirma. Rosana, que já trouxe outras turmas para o CAERDES, conta também que esses momentos asseguram uma noção de realidade e de contexto, complementando e ratificando o ensino na sala de aula.


O responsável por mostrar e explicar as atividades do centro foi Victor Hugo Freitas, estudante de Engenharia Agronômica e bolsista de pesquisa do CAERDES. Ele frisa a importância desse tipo de visita, na qual os estudantes aprendem que é possível desenvolver a agricultura orgânica. “É bastante proveitoso. Desde cedo eles têm oportunidade de conhecer outra agricultura, diferente da convencional”, declara.

Texto e fotos: Mirielle Cajuhy
(Estagiária em Assessoria de Comunicação)

II CURSO DE EXTENSÃO EM AGROECOLOGIA E AGRICULTURA ORGÂNICA PROPÕE UM NOVO OLHAR PARA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS





Nesse sábado, 11 de outubro, começa o II Curso de Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica, com o objetivo de familiarizar os estudantes de Engenharia Agronômica com os princípios da agroecologia. O curso terá uma carga horária de 40 horas e acontecerá nas dependências do CAERDES.

O Prof. Dr. Jairton Fraga Araújo, ministrante do curso, acredita que esses conteúdos são de fundamental importância para esses estudantes. “Na atualidade, o viés da agricultura é fundamentalmente convencional. Aqui nós vamos olhar a agricultura com um outro olhar, pois uma outra abordagem é possível”, disse. Ainda segundo o professor Jairton, os alunos serão habilitados a empregar na sua vida profissional, valores ligados à produção agroecológica e sustentável.


Edivaldo Cazuza Júnior, bolsista do projeto “Integração, Ensino, Pesquisa e Extensão em Agroecologia e Agricultura Orgânica”, reforça a importância de atentar para as bases ecológicas da produção. “A Academia nos mostras mais o agronegócio, o mercado. Aqui veremos outra Agronomia”, afirma. Edivaldo também é um dos organizadores do curso e declara que através das práticas feitas em campo e das pesquisas desenvolvidas pelo CAERDES, os alunos terão uma ideia mais ampla do que é a agricultura orgânica.


Além da parte prática, o curso vai discutir o marco regulatório da agricultura orgânica e o manejo ecológico de solos, pragas e doenças. As aulas acontecerão de 8h a 12h e de 14h a 18h, durantes os dias 11 e 18 de outubro e 02, 08 e 21 de novembro. 

Texto e fotos: Mirielle Cajuhy
(Estagiária em Assessoria de Comunicação)