Consideradas
essenciais para fortalecer a agenda ambiental no país, as medidas estão divididas
em três eixos: florestas, mar e cidades.
A Fundação SOS Mata Atlântica
lançou, na última quarta-feira (6), em Brasília, a carta “Desenvolvimento para
sempre – Uma agenda para os candidatos nas eleições 2014”. O documento,
apresentado na Câmara dos Deputados durante o café da manhã da Frente
Parlamentar Ambientalista, é destinado aos candidatos à Presidência da
República, aos governos dos Estados da Mata Atlântica e aos cargos legislativos,
com 14 metas a serem atingidas durante o próximo mandato.
Essenciais para fortalecer a
agenda ambiental no país, as medidas estão divididas em três eixos: florestas,
mar e cidades. Seguem abaixo, de forma resumida, as propostas elaboradas pela
ONG.
Florestas
1. Manter o rito de criação de
áreas protegidas no país e vetar qualquer iniciativa de modificação, evitando a
aprovação da PEC 215.
2. Abrir 50% dos 67 parques
nacionais brasileiros ao uso público até o final de 2018, priorizando a criação
de um marco regulatório para estas concessões.
3. Aumentar dos atuais US$ 4,5
para US$ 21 por hectare o orçamento anual para áreas protegidas no Brasil,
equiparando-o ao da Argentina até 2018.
4. Concluir até 2018 o processo
de regularização fundiária das unidades de conservação federais e estaduais,
acelerando a aplicação dos recursos da compensação ambiental.
5. Aprovar projeto de lei com
incentivos às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).
Mar
6. Trabalhar pela aprovação, até
2015, do Projeto de Lei nº 6.969/2013, que institui a Política Nacional para a
Conservação e Uso Sustentável do Bioma Marinho (PNCMar).
7. Até 2018, aumentar de 30% para
60% os municípios com a cobertura de saneamento básico na zona litorânea
brasileira.
8. Implementar o Plano Nacional
de Contingência para grandes vazamentos de petróleo e controlar os pequenos
vazamentos.
9. Cumprir até 2018 a meta de
proteger pelos menos 5% da área marinha sob jurisdição nacional e garantir que
100% das áreas protegidas marinhas tenham planos de manejo.
Cidades
10. Instituir comitês de bacia em
todo o país em 2015 e iniciar, por meio deles, a cobrança pelo uso da água a
todos os usuários, em especial ao setor agrícola.
11. Universalizar o saneamento
básico no Brasil e reduzir o desperdício na rede pública de águas dos atuais
40% para 20% até 2018.
12. Aprovar no Congresso e
implementar até 2016 um marco regulatório para o pagamento por serviços
ambientais (PSA) no Brasil.
13. Extinguir a classe 4 de rios
na Resolução Conama 357, que atualmente permite a figura do rio morto,
destinado a paisagem, diluição de efluentes e geração de energia.
14. Vetar qualquer iniciativa que
altere prazos e metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
sancionada em 2010.
Ciclo Vivo - EcoAgência
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