Espécie
que teria habitado Terra no tempo dos dinossauros, considerada 'fóssil vivo',
não se reproduziu fora do cativeiro em 2013.
A espécie existe há cerca de 140
milhões de anos (Foto: AFP) |
O esturjão chinês, peixe que, acredita-se, exista
há 140 milhões de anos, está à beira da extinção, pesquisadores chineses
alertam.
A
espécie Aciper sinensi teria coexistido com dinossauros e é considerada um
"fóssil vivo". É tida como tesouro nacional na China e
recebe proteção do governo do país.
Apesar disso, pesquisadores chineses dizem que
nenhum esturjão chinês se reproduziu naturalmente, no ano passado, no rio
Yangtsé - o maior rio da China.
É a primeira vez que isso ocorre desde que
pesquisadores começaram a monitorar a população de esturjões, há 32 anos.
Eles dizem que o fato é consequência dos níveis
crescentes de poluição no rio e da construção de dezenas de represas.
Golfinho extinto
Os pesquisadores, da Academia Chinesa de Ciências da Pesca, também descobriram
que nenhum esturjão jovem foi visto nadando no Yangtsé em direção ao mar
durante o perído em que normalmente fazem esse percurso.
Eles disseram à agência de notícias chinesa Xinhua
que na década de 1980 havia milhares de esturjões no rio. Hoje, as estimativas
são de que existam apenas cem espécimes.
"Sem reprodução natural, a população do peixe
não pode se sustentar. Se não forem tomadas mais medidas para reforçar a
conservação, o esturjão selvagem corre o risco de se extinguir", disse um
dos pesquisadores.
Nos últimos anos, as autoridades chinesas
construíram várias represas ao longo do Yangtsé, que tem 6,3 mil km de
comprimento, para aumentar os suprimentos de energia elétrica do país.
As obras provocaram críticas por conta de seu
impacto negativo sobre o meio ambiente e sobre populações locais, que foram
forçadas a abandonar suas casas.
A ONG de proteção ambiental WWF disse que uma de
duas espécies de golfinhos nativas do rio Yangtsé, o golfinho Baiji, tornou-se
extinta em 2006 por causa da diminuição na quantidade de peixes no rio.
G1
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